O alfaiate político que recortou a Constituição de 88 fez uma roupa que parece não se adequar bem às necessidades de mobilidade e crescimento do país.
O novo Governo e o novo Congresso, depois de um desencontro inicial, começam, ao que indicam as evidências, a chegar a um acordo sobre o que é possível mudar e como adequar a vestimenta constitucional ao corpo da nação.
Até o momento, as comissões especiais do Congresso, destinadas a examinar preliminarmente os projetos, têm aprovado as propostas do Governo.
Entretanto, a verdadeira batalha será no plenário da Câmara e do Senado (até setembro ou outubro), com a exigência de dois turnos de votação e maioria de 60% dos votos.
Para o ambiente empresarial e para as empresas em particular, essas mudanças, se se confirmarem, podem significar, a médio prazo, maiores oportunidades de negócios (pela flexibilização dos monopólios), simplificação da burocracia fiscal e aumento da concorrência empresarial, demandando das empresas maior capacidade competitiva e maior eficiência na gestão.