Os juros altos e as empresas

    A conjuntura atual, com altas taxas de juros, tem significado aperto monetário para as empresas, sobretudo as que apresentam endividamento bancário. Esta situação tem origem na ancoragem do Plano Real. Até a crise do México/Argentina, a âncora do plano era o câmbio. A partir daí, passou a ser juros mais câmbio, com inibição do consumo.
    Esta situação tem sido particularmente difícil para as empresas: queda das vendas; apertos sérios de liquidez; crédito escasso e caro: dificuldade de pagar fornecedores.
    Isto não pode perdurar por muito tempo, sob pena de provocar, para as empresas, constrangimentos difíceis de transpor. Tanto é que o governo tem sinalizado para o segundo semestre com uma série de medidas que permitam o declínio gradual dos juros até o final do ano: desindexação; reforma da Constituição (apoiando a reorganização do Estado); volta dos investimentos externos (ajudando a balança de pagamentos); e acelerações das privatizações ( reduzindo o déficit-público).
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     Por isso, é preciso cada vez mais:
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