"Respeito é bom e eu gosto!"

bolas.JPG    Na nossa história recente, parecíamos estar fadados à “anti-lei” de que “o certo é levar vantagem em tudo”.
    A constatação, óbvia, de que esta antilei é destrutiva e predatória vem sendo cada vez mais evidente. Começa a ser quase consenso generalizado a idéia de que a ética é vital: para a sobrevivência e para qualidade da vida social.
    Nas empresas, vale este princípio? Ou as exigências de competitividade só deixam lugar para os mais “sabidos”?
    Há algumas semanas, a FIAT (empresa, sem dúvida, competitiva!) vem usando o mote da ética para destacar a qualidade do seu produto e do seu serviço (já na venda!): “Respeito é bom e eu gosto”; “Respeito é bom, e todo mundo gosta”.
    Qual a diferença mercadológica entre: “Respeito é bom e eu gosto”e “Gosto de levar vantagem em tudo. Certo?”
    Se é certo levar vantagem em tudo, é certo para todos. E, aí, quem sobra da “guerra”? Onde fica a possibilidade de respeitar acordos e de ser respeitado? Como apostar no futuro? O “day-after” do “vale-tudo” é negro também para os sobreviventes.
    Ao contrário, se a regra é o respeito (ao outro, à lei e aos acordos), fundamento da ética, da democracia e do desenvolvimento (como processo coletivo), é possível “brigar” num mercado onde haja lugar para vencedores e não só para sobreviventes.
    Ser ético é ser sério. Ser sério é ter e merecer respeito. É ser confiável. É ter qualidade, no sentido amplo do termo.
    Produtos e serviços sérios, confiáveis e de qualidade têm lugar assegurado. A clientela começa a aprender, os fornecedores e parceiros já o sabem, os concorrentes serão obrigados a ver e, provavelmente, imitar.
    Além de ser um princípio básico da democracia, a ÉTICA nas relações começa a ser uma VANTAGEM COMPETITIVA para as empresas que fazem do respeito aos clientes, fornecedores e concorrentes, uma marca de sua atuação.

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