Pernambuco tem uma característica geoeconômica peculiar: dois pólos extremos de dinamismo, distantes mais de 700 Km entre si. De um lado, o Recife e sua área de influência (a RMR e a Zona da Mata) e, do outro, Petrolina e o Vale do São Francisco.
Petrolina, talvez a cidade de maior crescimento demográfico do Nordeste, compreendeu a importância de explorar o seu diferencial competitivo e sair na frente, atraindo um número cada vez maior de oportunidades de negócio.
Essa característica de ter pólos extremos de dinamismo econômico precisa ser considerada com a devida atenção quando já se começa a ter clareza de que a integração (seja externa, regional ou interna) é fator decisivo para o desenvolvimento do estado.
A concepção contemporânea de desenvolvimento de uma unidade, seja da federação, seja de negócio, é incompatível com a de ilhas isoladas de prosperidade.
E esta é uma questão relevante para o desenvolvimento de Pernambuco: como integrar os polos extremos de Recife e Petrolina, considerando a distância física entre eles e a distância dinâmica deles com o espaço geoeconômico que os separa?
É interessante considerar que a distância entre Recife e Petrolina é equivalente à de Recife para Fortaleza e para Salvador, as outras duas capitais mais dinâmicas do Nordeste. Essa distância na Europa equivale, por exemplo, a quatro vezes o percurso Lisboa- Madrid e duas vezes Paris-Viena.
As pesquisas têm demonstrado que, para os empresários, o desenvolvimento das empresas de Pernambuco não pode ser dissociado do desenvolvimento do estado. Por esta razão, discutir como potencializar o dinamismo e articular ações concretas para integrar o desenvolvimento no estado é, também, uma questão de estratégia empresarial.