Os dois anos de Plano Real, superpostos aos quatros anos de abertura da economia do país, têm obrigado as empresas brasileiras (e, pela ausência de políticas públicas regionais consistentes, as nordestinas em particular) a passarem pela maior “revolução cultural” de sua história.
Uma informação publicada pela Revista Exame de 03.07.96, ilustra bem esta situação: “com um número menor de pessoas empregadas, a economia consegue produzir hoje 31% mais que há quatro anos”.
Para que este aumento de produtividade fosse possível, muitas empresas tiveram que se ajustar drasticamente, algumas não sobreviveram, outras tiveram que mudar de mãos e muita gente perdeu o emprego formal (ainda que quem se manteve empregado tenha aumentado seu rendimento).
Não precisaria ser tão dramático se o Governo Federal fosse mais conseqüente em sua política de desenvolvimento.
Entretanto, isto não se deu e o fato objetivo, hoje, é que as projeções com as quais o Governo parece trabalhar (ver Conjuntura & Tendências, nº 75) sinalizam para um rumo, nos próximos anos, não muito diferente do anterior.
Para sobreviver no “mar” e crescer num cenário como o projetado, as empresas terão que continuar investindo na profissionalização da gestão, na redução dos custos, no incentivo à produtividade, na qualidade dos produtos, na “sintonia fina” com os clientes e no monitoramento atento da concorrência.
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