Para dar conta com eficácia do seu trabalho, o executivo contemporâneo não pode deixar de estar, permanentemente, “sintonizado” e em estado contínuo de “captação” de informações relevantes para o seu negócio.
Principalmente nesses tempos de globalização, quando os horizontes se alargam, manter-se bem informado, além de ser um importante diferencial competitivo, passa a ser, mesmo, questão de sobrevivência.
Entretanto, a tarefa está ficando cada dia mais difícil de ser executada. Os números relacionados abaixo (publicados na revista Exame de 04.12.96), ilustram essa dificuldade.
Não é de estranhar que essa verdadeira avalanche de informações crie uma sensação de frustação (por não “dar conta” de todas as informações disponíveis) e, até mesmo, de insegurança nas decisões (“será que não estou deixando de considerar alguma informação relevante?”). Esta sensação, inclusive, já têm até um nome: information overload, ou “Ansiedade de Informação”, tratada por Richard Wurman em livro recente com o mesmo título.
A questão que se coloca, então, para os empresários e executivos é: manter-se bem informado é fundamental, mas não se pode querer absorver todas as informações disponíveis. Mais do que nunca, é preciso ser seletivo.
Não é qualquer informação que serve. É necessário descobrir e considerar as informações essenciais. Aquelas que, de fato, podem ajudar na tomada de decisões.
A rigor, numa espécie de contabilidade baseada na sensibilidade e na observação da realidade nas empresas, é possível fazer uma estimativa do que um executivo padrão deveria ler, ver ou ouvir para estar mediantemente bem informado: 1 jornal diário de circulação nacional; 2 jornais diários locais; 1 telejornal diário; 1 revista semanal; 1 revista de negócios quinzenal; leituras técnicas variadas. Não é difícil estimar que o tempo a ser dedicado a essas atividades gire em torno de 4 horas por dia o que, para a maioria das pessoa que tem função executiva, é impossível dedicar.
Daí, a imprescindibilidade de ser seletivo. Gastar mais do que 2 horas no dia com leituras informativas é, praticamente, impossível para um executivo que trabalha 12 horas ou mais.
Embora não existam receitas prontas para tratar a questão, é possível fazer algumas indicações baseadas na observação de como lidar com o problema. É preciso, por exemplo: