A capacidade empreendedora é indispensável a qualquer atividade empresarial, sobretudo aquelas relacionadas à gestão. Entretanto, quando se trata de fortalecer e aparelhar a empresa para as duras batalhas da competitividade, ser empreendedor é condição necessária, mas não suficiente.
Existem determinados paradigmas que caracterizam o modo de “simplesmente empreender” que precisam ser ultrapassados para propiciar condições necessárias de desenvolvimento do exercício de ser “também empresário.”
A diferença fundamental entre ambos é que o “empreendedor” é aquele cuja marca é a capacidade de fazer negócios, de ganhar dinheiro e de ocupar espaços no mercado, enquanto o “empresário” tem um foco complementar de investimento: o de construir e consolidar uma organização competitiva.
A título de contribuição para a reflexão sobre esse assunto, de grande importância para a nossa realidade empresarial nesses tempos de mudanças essenciais na vida das empresas, são listadas no quadro abaixo o que poderia ser considerado como características “puras” e extremadas (estereótipos) dos tipos tratados (empreendedor x empresário), considerando as necessidades competitivas da atualidade.
Se, para o empreendedor, o valor principal é fazer negócios e ter resultados, para o empresário, além disso, a empresa também é um valor em si, devendo-se trabalhar para preservá-la e melhorá-la continuamente, o que é vital para a sua sobrevivência.