Diante das novas exigências da competitividade e da sobrevivência empresarial, a questão da mudança, enquanto movimento indispensável à atualização das empresas, é algo que está mais do que nunca na ordem do dia da gestão contemporânea.
Mudar de forma ordenada e consciente, ainda que custosa (toda mudança é custosa), é sempre melhor do que ser mudado pela realidade, ocasião em que as margens de manobra ficam muito estreitas e a colisão é inevitável.
Fazer mudanças conseqüentes na empresa significa sair de uma determinada situacão não desejada para outra mais adequada. Fazer isso, quase nunca, é simples ou fácil. Mudar é sempre trabalhoso e exigente (ver, a propósito, Conjuntura & Tendências nº 38).
Algumas empresas, mesmo diante da necessidade premente de promover mudanças (da forma de agir, gerenciar, produzir, relacionar-se com os clientes etc), não conseguem e pagam caro, às vezes com a própria vida.
A prática de trabalho com a mudança nas empresas e organizações tem evidenciado de um modo geral que, para mudar de fato, é indispensável, pelo menos, três condições básicas e três exigências decorrentes, conforme ilustra o quadro abaixo.
É preciso que haja uma ameaça imediata ou potencial (avanço do concorrente sobre os clientes, invenção de uma nova e revolucionária tecnologia, rejeição dos produtos pelos clientes etc), nitidamente percebida por um grupo influente, que tenha uma liderança segura e legitimada, capaz de articular, de forma consistente, um projeto de mudança sintetizador de uma visão de futuro mobilizadora para o resto da organização.