“Dentro de pouco tempo, computador vai ser como o telefone convencional. Cada um vai ter que ter o seu sobre a mesa de trabalho.”
Herman Diogo Braga, diretor da TRUENET, www.truenet.com.br , primeira provedora de serviços da Internet a funcionar no Norte/Nordeste
Que a Internet é um fenômeno extraordinário, que já revolucionou as comunicações mundiais, que permite coisas nunca antes imaginadas, todo mundo está cansado de ouvir falar, ler e experimentar um pouco na prática. O que tem sido pouco comentado, todavia, é a verdadeira revolução que o chamado correio eletrônico e-mail, um recurso possibilitado pela Internet, vem provocando na comunicação ponto a ponto (ou pessoa a pessoa).
Assim como, hoje, temos o nosso endereço físico (correio convencional), os nossos números de telefone (convencionais e celular) e o nosso número de fax, vamos ter que ter, também, o nosso endereço eletrônico, com arroba (@) e tudo. Além disso, vamos ter que nos acostumar a “abrir” diariamente (e responder, quando for o caso) a nossa correspondência eletrônica, como fazemos com a tradicional.
O e-mail é uma ferramenta excepcional para a breve e praticamente instantânea comunicação escrita e para (o que é quase inacreditável) encaminhamento de arquivos eletrônicos integrais de documentos (principalmente textos, mas também imagens, desde que não sejam muito “pesadas”). Diferentemente do fax, que transmite a mensagem “estática”, o e-mail transmite a mensagem “dinâmica”. Ou seja, qualquer um pode “abrir” e trabalhar o arquivo recebido “atachado” (anexado) ao e-mail. É uma revolução na comunicação ponto a ponto que, em tese, já era possível com os recursos tradicionais da informática (fax modem, por exemplo), mas nada tão “revoltantemente” simples quanto o arquivo “atachado.”
Claro que, como todo instrumento novo, ele requer adaptação às suas características próprias. A relativa falta de privacidade é uma delas. Diferentemente da carta ou do telegrama, o e-mail permite maior facilidade de acesso a outras pessoas que não o destinatário.
Uma evidência da importância que o e-mail já tem hoje em dia é o fato de que, no processo antitruste movido pelo Departamento de Justiça dos EUA contra a Microsoft, estão sendo usadas mensagens de e-mail escritas por altos funcionários da empresa para fundamentar a acusação de que ela tem agido de forma abusiva na sua briga com a Netscape pelo mercado de browsers (navegadores da Internet).
Uma coisa todavia, parece certa: o e-mail veio para ficar e quem tem responsabilidade executiva ou gerencial deve ir logo tratando de conseguir o seu, procurando se adaptar a ele e a tirar todo proveito de suas potencialidades comunicativas para não perder tempo na utilização deste novo e desafiante canal.