“Dirigir uma pequena empresa é tão difícil quanto dirigir uma grande ou, mesmo, um país. Não é o tamanho do negócio que conta mas a quantidade de problemas que o dirigente tem que resolver.”
Hilson de Brito Macêdo, Presidente do grupo pernambucano Nordeste Segurança, 4ª do setor no país, com presença em dez estados da Federação
De fato, guardadas as devidas medidas, pode-se dizer que o nível de dificuldade na gestão de um grande sistema é proporcional ao de um pequeno, considerando que os recursos disponíveis também são proporcionais aos seus respectivos tamanhos.
A rigor, tanto o gestor do grande sistema, quanto o do pequeno não são responsáveis por fazer as coisas diretamente mas por fazer com que as pessoas as façam. Daí, dizer-se que a sua responsabilidade principal não é fazer e, sim fazer fazer. Justamente neste ponto é que a “porca torce o rabo”, do mesmo jeito, seja no pequeno ou no grande negócio.
É muito importante verificar que não se trata apenas de um jogo de palavras. Afinal, a principal “ferramenta de trabalho” do gerente são os integrantes da sua equipe ou seja, as pessoas que coordena. E pessoas, todo mundo sabe, são fonte universal de problemas (e de soluções, claro). Saber lidar com elas, fazer com que se mobilizem, incentivá-las à superação de desafios, é próprio da atividade gerencial. Gerente que não tem gosto por tratar com pessoas não consegue ter sucesso no seu trabalho, atue ele num grande ou num pequeno sistema.
Diante do aumento das exigências do atual ambiente competitivo, compreender essa dimensão da complexidade da gestão dos negócios é essencial para sobreviver com qualidade e crescer. É fundamental não perder de vista o fato de que, mesmo nos negócios menores, há cada vez menos espaço para o amadorismo na gestão. A profissionalização tornou-se uma exigência que não se pode desconsiderar, sob pena de colocar por terra todos os esforços realizados, por mais bem intencionados que sejam.
Umas das chaves da profissionalização da gestão, talvez a principal, é o desenvolvimento de equipes de gerenciados que sejam, o mais possível, autônomas e responsáveis. Que tomem para si a responsabilidade solidária pela condução do negócio e não deixem tudo nas costas do gerente.
Se não há dúvida de que o relacionamento entre um gerente e sua equipe (qualquer que seja o tamanho da empresa) resulta em uma equação complexa, também não há dúvida de que a boa resolução dessa equação é um dos fatores de maior peso no sucesso de um negócio.
Desafio 21
Leia no caderno Oportunidades, todo domingo no Jornal do Commercio, a coluna Desafio 21. O que há de mais atual sobre Gestão & Competitividade está lá. Uma produção conjunta da Rede Gestão e da JCR & Calado, com criação gráfica da Aporte. |