Cooperação competitiva

 

“Co-opetition é a chave para a vitalidade futura – e existe quando empresas ao mesmo tempo cooperam e competem entre si.”

Jessica Lipnack & Jeffrey Stamps em “Rede de Informações – The Teamnet Fator”, Makron Books, São Paulo, 1994

Um exemplo concreto de cooperação competitiva, nos moldes do conceito co-opetition de Jessica Lipnack & Jeffrey Stamps, está sendo exposto esta semana (15 a 18 de junho de 1999) num dos stands da Expo Intrans 99 (Exposição Internacional de Transporte e Trânsito), no Centro de Convenções de Pernambuco em Olinda. A exposição acontece paralela ao 12º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, ambos promovidos pela a ANTP – Associação Nacional de Transportes Públicos.
Trata-se do Fórum Inter-Empresas, constituído por quatro empresas operadoras de transporte público de passageiros na Região Metropolitana do Recife: a Empresa Metropolitana, a Expresso Vera Cruz, a Itamaracá Transportes e a Rodoviária Metropolitana. O Fórum, articulado pela TGI, é um espaço para discussão de experiências de aperfeiçoamento da gestão da operação. Funciona regularmente há nove meses e tem os seguintes objetivos: (1) trocar informações relevantes; (2) compartilhar experiências bem sucedidas; (3) pensar soluções para dificuldades comuns; e (4) construir padrões competitivos.
A experiência em desenvolvimento comprova a tese de que é possível e viável a cooperação em relação a aspectos que dizem respeito à “governabilidade” das empresas, visando aumentar a capacidade operacional de cada uma, sem que elas deixem de competir por resultados melhores. Essa é uma questão extremamente relevante do nosso tempo: empresas que competem por objetivos semelhantes ou comuns não têm necessariamente que ser inimigas e podem encontrar espaços de cooperação (no caso do Fórum foi a gestão da operação e, em breve será, também, a da manutenção), se isso for considerado benéfico para todos os envolvidos.
Numa época de recursos tão escassos como a nossa, não dá para cada empresa tentar sozinha inventar a roda. Fica muito caro. Aproveitar as experiências bem sucedidas de outros, sobretudo se isto é feito de modo cooperativo (sem a ingenuidade, claro, de imaginar que a cooperação elimina a competição), passa a ser uma questão crucial da competitividade. Sob este ponto de vista, é possível adaptar para o âmbito empresarial a frase do milionário norte-americano J. Paul Getty:

“Nenhum homem consegue se elevar acima da mediocridade se ele não souber capitalizar e usar a experiência de outros.”

J. Paul Getty, citado pela publicação Centro de Informações de Técnica de Vendas, Editora Quantum, Curitiba

Cursos
O INTG – Instituto de Tecnologia em Gestão,está promovendo os seguintes cursos:
1. Gestão Financeira: Uma Questão de Sobrevivência, destinado a empresários e gerentes que estejam insatisfeitos com o padrão de gestão financeira de suas empresas. Com 32 horas de duração, duas vezes por mês (terças-feiras, das 14h às 18h), será realizado no período de 06 de julho a 11 de outubro de 1999.
2. Programa de Desenvolvimento Gerencial (Gestão Estratégica como Instrumento de Competitividade), destinado a profissionais que exerçam funções de gerenciamento e pretendam aperfeiçoar suas práticas. Com 160 horas distribuídas em 11 módulos, uma vez por mês, será realizado de julho de 99 a abril 2000.
Os interessados devem entrar em contato com Informações pelos telefones: 3134 1721.

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