Matematicamente o 3º milênio não começa no ano 2000. Nem o novo século, nem a nova década. Nada. 2000 é, apenas, o último ano da década de 90, do século 20 e do 2º milênio. Os novos milênio, século e década começam mesmo é no ano 2001. Por uma razão muito simples: a primeira década começou no ano 1 e foi até o ano 10, logo… não existe ano zero. Nada pode começar num ano terminado por zero, só terminar…
Se isso é verdade do ponto de vista estritamente lógico, do ponto de vista (psico)lógico, são outros 500 (ou talvez se deva dizer “são outros 1000 anos”?). Psicologicamente, para a grande maioria da humanidade, na passagem de 1999 para 2000 estará acontecendo a “virada” do milênio. Como aquele sujeito que, diante do impasse, pensou no odômetro do carro, e não teve dúvidas: “claro que é virada, todos os números vão virar: o 1 vai virar 2 e cada 9 vai virar 0!.” E quando “tudo vira”, significa que “tudo se torna diferente”, ou seja “tudo muda.” Podemos ousar interpretar que um grande desejo de mudança (além da atuação da mídia) pode ser a origem de toda essa “confusão lógica”.
Polêmicas lógico-psicológicas à parte, o importante é que esses momentos de mudança do calendário são boas oportunidades para refletir sobre nossa atuação e sobre o futuro. Nesse final de anos 1000 escolhemos as palavras de um grande escritor, o pensador, dramaturgo e ensaísta irlandês George Bernard Shaw (1856-1950), um destaque literário do século 20, prêmio Nobel de literatura de 1935, autor, dentre outras obras, do consagrado musical “My Fair Lady”, filmado em 1964.