Gestão por unidades de negócios

Hoje em dia, cada vez mais, a gestão empresarial conseqüente requer domínio do conjunto e, ao mesmo tempo, autonomia das partes constituintes da empresa. Domínio do conjunto para permitir funcionamento integrado, economia de escala, rumos estratégicos convergentes, unidade de propósitos etc. Autonomia das partes para permitir maior velocidade nas decisões, uso criterioso dos recursos, responsabilidade dos gestores e “pontaria” mais precisa para atingir os alvos de mercado.
Claro que a convivência desses objetivos não é pacífica. Pelo contrário, o conflito é uma constante na gestão empresarial contemporânea. Mas, se tomados como parte inevitável do processo organizacional e adequadamente tratados, esses conflitos não impedem a boa gestão. Pelo contrário, até. Hoje, já se admite o conflito como necessário para dar consistência à gestão na medida em que sua ausência é sinal de que alguma coisa não está funcionando bem. A corrente não está fluindo…
A prática tem demonstrado que uma maneira eficaz para dar conta desta complexidade empresarial natural é a gestão por unidades de negócio. Se formos procurar o significado semântico da expressão encontraremos que unidade significa o número um, qualidade do que é um ou único, qualidade daquilo que não pode ser dividido. Enquanto negócio significa comércio, relações comerciais. Na linguagem empresarial, unidade de negócio pode ser caracterizada como a unidade capaz de produzir e comercializar um produto ou serviço.
Em qualquer empresa, de qualquer porte ou segmento econômico, devem ser identificadas essas unidades geradoras de produtos ou serviços que, em tese, podem ter autonomia negocial: produzir, comercializar, conseguir pagar-se e gerir seus resultados. Isso permite que se tenha visibilidade dos produtos e/ou serviços vendidos interna ou externamente e sejam estabelecidos os processos associados a cada um. Uma vez delimitada a unidade, é essencial aferir os custos envolvidos na produção para permitir avaliar os resultados. Ou seja, identificar o conjunto das receitas, custos diretos e outras despesas necessárias, bem como o resultado final da operação, seja real ou potencial.
Quando se consegue uma gestão empresarial estruturada pela lógica da unidade de negócio, em função de segmentos-fim, grupos de produtos, unidades de produção e vendas ou, o que é mais comum, filiais, é possível analisar o desempenho empresarial de modo segmentando. Isso permite, por exemplo, transformar em rentável uma unidade que dá prejuízo, desativar uma unidade sem condições competitivas ou, ainda, potencializar unidades rentáveis, melhorando seus resultados.
Conhecer o desempenho de suas unidades produtivas permite a uma empresa ou a um grupo empresarial montar estratégias competitivas para produtos e mercados diferentes. Permite também mexer nas posições individuais e assegurar um melhor desempenho geral, mesmo que as unidades tenham potenciais diferentes de produção de resultados.
A gestão por unidades de negócio não é uma panacéia ou uma solução mágica para a exigente realidade competitiva das empresas contemporâneas, mas é, sem dúvida, um procedimento que estimula a autonomia e permite a administração do conjunto, com base num arranjo muito mais “orgânico” que a velha e pouco inteligente divisão departamental. É como uma república federativa, com unidades independentes e autônomas (inclusive e principalmente do ponto de vista econômico) mas reunidas sob um “governo” corporativo. As organizações mais competitivas da atualidade estruturam-se desta maneira.

Parabéns

A Nordeste Segurança está completando 30 anos de idade. É uma empresa que começou em Pernambuco e, hoje, junto com a sua coligada Transbank, está presente em dez estados da federação, inclusive São Paulo e Rio, brigando pela liderança do setor no país. A TGI parabeniza a Nordeste, a quem se orgulha de prestar consultoria.

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