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Há oito anos, março de 1994, o Gestão Hoje veio à luz com a denominação original “Gestão Empresarial Conjuntura & Tendências”. Depois, janeiro de 1995, teve seu nome abreviado para “Conjuntura & Tendências”. Finalmente, a partir do seu número 300, novembro de 2000, estreou o nome definitivo.
Foi o primeiro “faxpaper” de sua categoria no paÃs e conserva, desde o primeiro número, suas caracterÃsticas básicas: uma vez por semana, um assunto, uma página.
Dirigido à queles que têm a responsabilidade cotidiana de tomar decisões gerenciais, o GH tem procurado, ao longo de suas mais de 400 edições (antes das 371 numeradas, as primeiras 30 edições não tiveram numeração), abordar temas relevantes para a moderna gestão empresarial. Economia, polÃtica, planejamento, gestão de pessoas, condução de equipes de trabalho, empreendedorismo, tudo com o foco preciso: informações que ajudem a refletir, tanto interna quanto externamente, sobre a complexa realidade organizacional e a qualificar a decisão gerencial.
São oito anos de uma preocupação semanal com o que há de mais relevante para a consideração do leitor no campo da gestão e oito anos de testemunho de mudanças muito importantes.
Primeiro, o Plano Real que acabou com o descontrole inflacionário e sofreu vários solavancos, passando por diversas crises internacionais, pela desvalorização e pela ameaça do apagão. Depois, a ascensão e queda das empresas virtuais e o fenômeno delirante da Internet. Até a inacreditável queda das torres gêmeas em Nova York e suas graves repercussões. Tudo perpassado pelas, tão grandes quanto difÃceis de distinguir, mudanças na gestão empresarial.
Emoções não faltaram até este momento de entrada no nono ano de vida do informativo. A coletânea das edições do GH é a crônica desses anos agitados e desafiantes.
Visto em retrospectiva, todo o conteúdo exposto deixa transparecer uma preocupação constante do GH: entender o que está acontecendo e de que forma isso pode afetar a gestão. De um modo que poderia, sem problemas, adotar a frase de Borges:
“Eu não quero explicar o passado nem adivinhar o futuro. O que eu quero mesmo é entender o presente.â?
Jorge Luis Borges, 1899-1986, escritor argentino
O GH adota a frase mas não se restringe a ela. Do ponto de vista da gestão, é fundamental entender o presente mas, também, antecipar, no que for possÃvel, o futuro. Não de forma puramente analÃtica que, sabemos, ser impossÃvel, apesar das técnicas (como o planejamento estratégico, por exemplo) que ajudam a diminuir a incerteza.
“à preciso instinto para lidar com o futuro, acerca do qual não temos dados; tudo depende da capacidade de fundir informações com intuição de forma tão analÃtica quanto possÃvel.”
Andy Grove, presidente da Intel
Com esse entendimento, o GH tem procurado, justamente, fazer a sua parte que é fornecer a informação relevante da forma mais analÃtica possÃvel.
Tudo ancorado na experiência cotidiana do trabalho de consultoria feito pela TGI e na identificação das necessidades de informação que a prática permite visualizar. Sem mistificações, hermetismos, alegorias ou espalhafates, como, não raro, ocorre em publicações do gênero. Sincera e honestamente, apenas.
Por fim, fechando essa pequena janela comemorativa e auto-refente, o agradecimento dos que fazem o GH ao leitor, atento e colaborativo, pelas referências elogiosas e pelas crÃticas. De nossa parte, prometemos continuar, nesse nono ano, com a mesma disposição e o mesmo entusiasmo dos oito precedentes.