Por que a OMS tem tanto medode uma pandemia do vírus Influenza?

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Ao mesmo tempo em que instalou-se um certo alívio pelos efeitos aparentemente menos danosos do que os inicialmente suspeitados da Gripe Suína, mais casos têm sido notificados ao redor do mundo. Os números do final de semana apontam 4.379 casos em 29 países, sendo 8 no Brasil. Nos EUA são 2.532 casos com 3 mortes e China anunciou o seu primeiro caso, numa prova de que essa gripe não respeita fronteiras.

“A espécie humana constitui um paraíso viral, com sua propensão para aglomerar-se em espaços fechados e deslocar-se a jato de um continente para outro. Ao alcançar novos países e populações, a variedade pandêmica do influenza entra em contato com outras cepas, criando novas oportunidades de recombinação genética.”

Marcelo Leite, colunista, Folha de S. Paulo, 01.05.09

Num mundo completamente conectado pela circulação de pessoas, o vírus Influenza A que é um organismo muito simples e é capaz de infectar aves, porcos e humanos, está em permanente mutação, pulando de hospedeiro em hospedeiro e se recombinando continuamente. De vez em quando, surge uma variação para a qual o organismo humano não tem anticorpos como foi o caso da Gripe Espanhola em 1918, da atual Gripe Suína com o mesmo subtipo H1N1, e da Gripe Aviária provocada pelo vírus H5N1 que, felizmente, só é transmitida pelo contato com aves e até agora já provocou 420 casos com 260 mortes, um altíssimo índice de mortalidade. O grande temor da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que o H5N1 sofra uma mutação capaz de provocar a transmissão entre humanos como ocorreu com a Gripe Suína. Na Espanhola, até um presidente morreu no Brasil.

“No Brasil teriam sido 300 mil mortes. Na cidade de São Paulo morreram 14 mil pessoas, inclusive o ex-presidente Rodrigues Alves, que governou o país entre 1902 e 1906. Em 1918, foi eleito para um outro mandato. Morreu antes da posse.”

Peter Moon, repórter especial, Época, 04.05.09

No caso da nova variação do vírus, como a letalidade se mostrou aparentemente menor do que a inicialmente suspeitada, já começam a acontecer coisas inusitadas. Nos EUA, espalham-se pela internet chamadas para “festas de Gripe Suína” (swine flu party), inspiradas nas “festas da catapora” comuns até os anos 70, com o tresloucado objetivo de os participantes desenvolverem imunidade natural ao vírus e, assim, prepararem-se para uma eventual segunda onda do surto no próximo inverno (época propícia para a incidência de gripe) do Hemisfério Norte.

“Enquanto a doença é leve em muitas pessoas, tem sido severa e até fatal para outras. Não há como prever o resultado para um indivíduo ou para pessoas a quem esse indivíduo que se contaminou de propósito poderá transmitir o vírus.”

Centro de Controle de Doenças dos EUA

No caso do Hemisfério Sul, cujo inverno está começando, a OMS alerta para o risco de sua propagação sem controle. Desnutrição, guerras, HIV, sistemas de saúde precários, são fatores que tornam as populações do sul mais vulneráveis.

“O que pode ser um vírus suave para países ricos pode ser bem mais severo para os pobres.”

Keiji Fukuda, vice-diretor da OMS

A moral da história é que com o vírus Influenza não se brinca. É melhor exagerar na prevenção do que facilitar na instalação de uma pandemia sem controle.

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  1. ricardo

    Administrar, um corpo não é uma roleta de cassino, onde reina a probabilidade . Não se pode apostar em sintomas, um é diferente do outro. Em administração você tem que “prevê para provê”. Você prevê o fato: crise, recessão, deflação, e outros; provê ações para se proteger, para avançar, conforme o caso. Na epidemia, tem que se prevê: a toxina, a qual faz acontecer as mutações. Não é o sintoma que gera as mutações, é a toxina: mais fraca, ou mais forte. E provê, pesquisas imediatas para neutralizar a matriz HN, e suas variações findam. Administrar é isso, em uma recessão não procuro findar a queda das vendas; procuro findar a recessão e retornar às vendas. Talvez o temor da OMS seja o fato de desconhecer a origem da matriz HN; em administração, as venda findaram e não se sabe porquê.

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