Na turbulência recrudescida, reforça-se o papel da gestão estratégica

Para Philip Kotler, esses tempos pós-crise, de “turbulência recrudescida”, reforçam o papel da gestão empresarial focada na estratégia, na celeridade e no fortalecimento da reputação positiva
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Como visto no número anterior (ver GH/757), o maior especialista em marketing estratégico do mundo, Philip Kotler, junto com John Caslione, acaba de lançar o livro “Vencer no caos — lições do guru de administração e marketing para uma gestão eficaz em tempos de turbulência” onde defende a existência de uma nova ordem de coisas no mundo pós-crise.

“A turbulência recrudescida é a nova normalidade que impõe aos líderes de empresas e de governos compreender em profundidade e aceitar na íntegra esse contexto diferente, para em seguida desenvolver novas estratégias e novas práticas compatíveis, a fim de alcançarem o sucesso nos anos vindouros.”

Philip Kotler e John A. Caslione
Nesse contexto, todas as organizações precisam desenvolver um permanente estado de prontidão estratégica que propicie o aprendizado mais básico de todos que é o da sobrevivência.

“A melhor maneira (…) para proteger suas empresas é (…) cultivar alto nível de paranóia e manter-se em constante estado de alerta. (…) Tanto em negócios quanto, em geral, na vida, para prosperar, primeiro é preciso aprender a sobreviver.”

Philip Kotler e John A. Caslione
Um mundo altamente exigente que requer bem mais do que os dons naturais dos empreendedores, em especial um exercício estratégico contínuo e sempre renovado.

“Progredir numa economia turbulenta exige mais do que apenas sorte e intuição. Requer mentalidade inovadora, planejamento sério e estratégia certa.”

Philip Kotler e John A. Caslione
Isso, com o objetivo de prosperar e construir uma reputação positiva que, segundo Kotler, ancora-se nos seguintes fatores por ordem de importância: (1) percepção dos Produtos e Serviços pelos clientes; (2) nitidez da Visão e confiança na Liderança; (3) qualidade do Ambiente de Trabalho; (4) bom Desempenho Financeiro; (5) Apelo e envolvimento Emocional dos clientes com a organização; (6) Responsabilidade Social efetivamente praticada; (7) Inovação contínua. Nesses tempos de “turbulência recrudescida”, Kotler recomenda as seguintes atitudes:

“1. Torne o planejamento estratégico mais dinâmico, mais interativo e mais compacto, envolvendo ciclos temporais mais breves — seqüenciados em intervalos de três meses, em vez de revisados e ajustados uma vez por ano (…) 2. Facilite o processo decisório transfuncional, em níveis adequados, propiciando decisões melhores e mais rápidas (…) 3. Desdobre grandes organizações em subdivisões menores, achate grupos e subgrupos para facilitar e alcançar reações mais rápidas.”

Philip Kotler e John A. Caslione
Cuidado e atenção redobrados, vigilância e ação conseqüente e rápida constituem, na prática, uma necessidade de reforço da gestão empresarial estratégica para o fortalecimento da capacidade de, não só, sobreviver, mas também de prosperar em tempos difíceis. Por isso, vale muito a pena ler com atenção o novo livro de Kotler e refletir sobre as exigências que pesam para o futuro das organizações nesses tempos turbulentos que, segundo ele, vieram para ficar.

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