DYálogo GeracYonal

Não é só no novo alfabeto do português que o Y dá o que falar. A chamada Geração Y vem sendo um importante tema de discussão no recente panorama corporativo. Executivos e RHs estão dando tratos a bola para a plena compreensão do fenômeno. Às vezes há somente muito barulho ou — fazendo um trocadilho com um termo da área de comunicação — muito ruído. Por isso, o importante é estabelecer as bases de um diálogo claro e produtivo que, no fundo, é um diálogo entre gerações, cujas carências podem ser simplesmente complementares, pois uma necessita da outra para que metas e resultados sejam alcançados pelas empresas.
Um recente estudo neurocientífico mostra como os jovens são de fato multitarefas, conseguindo realizar várias coisas ao mesmo tempo, enquanto os mais velhos costumam se concentrar apenas em uma coisa de cada vez, o que seria devido à perda de atenção e de memória. Assim, pode-se dizer que a Geração Y, nascida e criada com os recursos das Tecnologias da Informação e Comunicação, tem redobrados motivos para ter a inquietação que tem.
No que toca aos gestores, é importante mencionar que, diante dos jovens, muitas vezes se recusam a impor limites, reproduzindo o padrão que vivenciam com seus próprios filhos e no âmbito dos seus lares. Nesse sentido, o que conta mesmo é estabelecer limites claros, mostrando o que é possível (a liberdade) e o que não é (as regras, a hierarquia, os usos institucionais, etc.). O desafio é exatamente este: modernizar-se mantendo um padrão adequado a uma vida em equipe. Noutras palavras, encontrar uma compatibilidade entre o potencial dos jovens (criatividade, dinamismo, vivência tecnológica de ponta) e aquilo que só a maturidade pode conferir.
Os jovens, por sua vez, têm de demonstrar que o fato de ser Y não exclui o respeito pela experiência, pelo conhecimento, e a valorização das relações profissionais que só o mercado possibilita. Além disso, precisam ter resiliência e reconhecer como é importante saber negociar no âmbito do seu próprio aprendizado. Com isso, também deverão aprender a lidar com um importante inimigo íntimo — a frustração, que pode resultar da ansiedade, da pressa e da própria intolerância emocional. Aprender a lidar com frustração no dia-a-dia faz parte do processo de maturação de qualquer ser humano, em qualquer idade, já que vivemos em sociedade. Não seria diferente nas organizações.
Enfim, como em qualquer outro campo de conflitos, é preciso se observar que ambas as partes têm o que mudar para que sejam mutuamente vitoriosas. Dessa forma, ganham os jovens, ganham as empresas e os gestores. E, para isso, o bom- senso é o começo de uma mais saudável e produtiva convivência.

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