Como vimos na edição anterior da Conexão Profissional, a palavra autonomia ganha sentidos diferenciados quando se fala do comportamento do profissional em uma empresa. Torna-se um misto de iniciativa e interdependência, onde o profissional sabe se colocar como conhecedor de causa, sem dispensar a ajuda e as opiniões dos outros.
É normal o jovem que está começando a carreira profissional se revelar ansioso por mostrar seu estilo e deixar sua marca na empresa. Entretanto, ele deve entender que conquistar autonomia dentro da organização onde trabalha é um processo que leva tempo. Afinal, suas ações passam a refletir na imagem da instituição, que precisa ser zelada, além da sua imagem profissional.
Como desenvolver autonomia, então? O profissional deve ter em mente a importância do trabalho em equipe. Pedir e oferecer ajuda é fundamental nesse processo. O jovem deve saber dosar a capacidade de ouvir, porém sem ficar à sombra dos outros e sem deixar que essa atitude ofusque sua atuação na empresa. Entender sobre o seu estágio de desenvolvimento é crucial para dar passos seguros e assumir desafios.
Mas destacar-se no âmbito profissional não depende só dele, também é responsabilidade da empresa. O gestor deve saber quando o jovem ainda não está preparado e tomar cuidado para não lhe delegar obrigações que ele não possa cumprir. Assim, a instituição precisa prepará-lo para os desafios e trabalhar com ele até que ambos sintam-se seguros quanto à sua capacidade; ou seja, tal como a confiança, a autonomia não é simplesmente dada pelo gestor nem pedida pelo profissional: é conseguida gradualmente.
Por fim, é essencial destacar que a conquista da autonomia é um processo que leva tempo, no qual não se pode pular etapas, sob pena de prejudicar o aprendizado. É um trabalho que exige esforço de ambas as partes para, finalmente, transformar o jovem num profissional autônomo, o que — repita-se — não implica ser isolado, mas saber trabalhar em equipe e destacar-se na empresa como alguém seguro para assumir responsabilidades.