–
por Georgina Santos, sócia da TGI Consultoria em Gestão
O aquecimento da economia pernambucana, após algumas décadas de estagnação, vem provocando um fenômeno impensável há alguns anos. Diante da falta de força de trabalho qualificada em algumas áreas — o já conhecido apagão de mão de obra —, muitos profissionais passaram a ser disputados pelas empresas, tendo a possibilidade de escolher, entre várias opções, aquela mais vantajosa. Ou, diante do aumento da oferta e encorajados pelo cenário favorável, estão deixando seus empregos atuais em busca de uma melhor remuneração. Em ambos os casos, um fator costuma ter um peso determinante na decisão do profissional: o salário. Mas é preciso estar atento ao fato de que remuneração mais alta, isoladamente, não significa vantagem. É preciso analisar com cuidado outros aspectos que afetam diretamente a qualidade de vida do profissional e as possibilidades de desenvolvimento de sua carreira.
Sem dúvida, uma boa remuneração, resultante de um salário atrativo e um bom pacote de benefícios, tem um peso grande na decisão. Porém, alguns fatores podem alterar a lógica dessa fórmula. Primeiro, é preciso saber que nem sempre tudo o que é prometido no processo seletivo é concretizado durante a contratação. É preciso atenção para diferenciar as promessas futuras ou a remuneração atrelada a produtividade e resultados do valor real do salário oferecido pelas empresas.
Uma remuneração alta também pode esconder, algumas vezes, um ambiente de trabalho ruim. Ainda existem empresas que, ao optarem por pagar um salário um pouco mais alto do que a média do mercado, acreditam que está automaticamente incluída no pacote a submissão do profissional a regras e modelos de trabalho muitas vezes injustos. Vale a pena trabalhar em uma empresa, por exemplo, que não respeita os seus empregados ou os trata de forma inadequada? É algo importante a se pesar na balança.
Outro aspecto a ser analisado é se a organização oferece possibilidade de crescimento e desenvolvimento profissional, como um bom plano de carreira. A falta de perspectivas dentro da empresa costuma ser um aspecto desmotivador a médio prazo, mesmo para aqueles profissionais que ganham um bom salário.
A dica, portanto, é que o profissional amplie o seu foco e avalie outros aspectos no momento de fazer a sua escolha. É importante, por exemplo, conhecer a empresa, seus valores, seu estilo de trabalho e suas práticas de gestão. Uma proposta de trabalho com um salário menor pode vir a representar um ganho pela melhor qualidade de vida ou por condições de trabalho e perspectivas de crescimento na empresa. Se o profissional não está satisfeito com o salário que recebe no emprego atual, muitas vezes vale mais a pena investir em uma conversa franca com o seu gestor, revelando sua insatisfação e tentando negociar melhores condições, do que sair em busca de uma recolocação.
Não há dúvida de que os profissionais pernambucanos estão diante de um bom momento, com possibilidades concretas de aumentar sua remuneração. Mas é preciso estar atento para não ser iludido pelo canto das sereias e para transformar esse cenário positivo em perspectivas reais de melhoria e crescimento profissional.
Hoje em dia, na minha opinião, o que faz com que um funcionário peça demissão, é a ausência de um plano de carreira bem elaborado, a baixa qualidade de gestão do respectivo superior hierarquico e a falta de reconhecimento da empresa sobre o trabalho do colaborador.
São pontos relativamente fáceis, porém, se não dada a devida atenção, a empresa acaba de uma forma ou de outra pagando caro pelo erro.
Confesso que, após a leitura do texto acima, fiquei feliz ao constatar que o CEAPE-PE se enquadra no perfil das empresas onde o respeito aos funcionários não é negociável.
Num ambiente de respeitosa convivência, mútua confiança, sob uma gestão democrática, todos têm oportunidade de crescimento profissional, na medida que também contribuem para o crescimento da empresa.
Muitos profissionais que acham que por exemplos são gestores se enganam.
Por acharem que fazem um grande trabalho em uma determinada CIA realizam uma tarefa , pode ser totalmente diferente ao que um novo emprego espera de você.
A dica é: Se preparar para o que está por vir, não se qualificar depois que a oportinidade surge.