“Os saltos do ser humano
não são de prazer em
prazer, mas de esperança
em esperança“.
(Samuel Johnson (1709-1784), poeta inglês)
Os protestos que estão levando milhares de brasileiros às ruas levantam, entre outras questões, um importante ponto de reflexão não só para os governantes, mas também para os gestores: a necessidade de mobilizar a esperança para dar conta de demandas muito maiores do que as possibilidades atuais.
Por que ou contra o que as pessoas estão protestando? Do aumento da tarifa de ônibus, a pauta incorporou uma extensa lista de itens que engloba a corrupção, os gastos excessivos para a Copa, os baixos investimentos em educação e saúde, a volta da inflação, várias PECs, até um genérico “contra tudo”. Como dar conta de uma pauta de reivindicações tão extensa quanto indefinida?
Para os governantes, o grande desafio será definir uma agenda que contemple, na medida do possível, as principais demandas, mobilizando a confiança e a esperança dos brasileiros para evitar o acirramento dos ânimos.
Para quem tem responsabilidade de liderar pessoas nas empresas e organizações, cuidar para que não percam a esperança é fundamental para que se consiga avançar. As pessoas precisam acreditar que algo de promissor pode acontecer para não afundarem no pessimismo e na apatia e, com isso, afundarem também a empresa. Mas, é importante notar, não são necessárias grandes esperanças, apenas que existam.