“Quando investidores compram ações, cirurgiões realizam
operações, engenheiros projetam pontes, empresários abrem
seus negócios e políticos concorrem a cargos eletivos, o risco
é um parceiro inevitável. Contudo, o risco não precisa ser hoje
tão temido: administrá-lo tornou-se sinônimo de desafio e
oportunidade”.
Peter Lewyn Bernstein, escritor e economista norte-americano.
Pode-se dizer que o risco é um conceito inerente a qualquer atividade empresarial. Quem investe ou empreende sabe que os resultados dependem de fatores externos variados e a possibilidade de “algo não dar certo” está sempre presente no dia a dia da gestão. Com a disseminação do planejamento estratégico, que estimula os gestores a pensarem o futuro de suas empresas, uma ferramenta vem ganhando cada vez mais importância: a gestão de riscos. Na prática, esse processo permite que os gestores reflitam de forma estruturada sobre os aspectos que podem vir a afetar os resultados e a dinâmica do negócio, definindo uma estratégia caso “o pior venha a acontecer”. Em tempos de incertezas crescentes, é uma postura que pode fazer toda a diferença para a a para a competitividade da organização.
O gerenciamento de riscos permite o acompanhamento e a avaliação das variáveis que podem impactar o negócio decisivamente. Esse escopo varia de acordo com o perfil da empresa, já que cada atividade tem suas características específicas, mas basicamente os riscos podem ser de origem externa: políticos, econômicos, sociais, ambientais, tecnológicos e legais; ou interna: financeiros, sociais, tecnológicos, de conformidade, inovação, entre outros. Para quem está acostumado com a lógica do pensamento estratégico, pode-se dizer que a gestão de risco foca no aprofundamento da avaliação e monitoração das ameaças na matriz SWOT, utilizando a técnica de construção de cenários. Esse processo envolve cinco passos: (1) identificação, (2) avaliação, (3) tratamento, (4) monitoração e (5) informação. Um gerenciamento eficaz dos riscos requer diversos cuidados, desde a definição de papeis, responsabilidades e desenho dos processos críticos à governança do gerenciamento de riscos, implantação de sistemas de controle e comunicação, entre outros. Porém, mais que definir processos, é preciso que os princípios e a importância dessa ferramenta estejam disseminados entre a equipe e incorporados ao planejamento estratégico da empresa.
O Gestão Mais é uma coluna da TGI na revista Algomais. Leia a publicação completa aqui: www.revistaalgomais.com.br.