GESTÃO DO CLIMA NAS EMPRESAS


por Andréa Carvalho, sócia da TGI Consultoria em Gestão
Em tempos de concorrência acirrada e exigência crescente por competitividade, as empresas precisam oferecer algo além de uma remuneração atraente para ter colaboradores comprometidos e alcançar bons resultados. A qualidade do ambiente de trabalho tem se destacado, nesse contexto, como um dos aspectos que mais influenciam o desempenho das equipes e, consequentemente, a eficiência das organizações. Portanto, a gestão do clima organizacional deve estar na lista de prioridades de todo gestor preocupado em manter em alta não só a motivação da equipe, mas também a produtividade da empresa.
Para ter um bom clima organizacional, é importante considerar três variáveis: (1) a organização em si mesma — com suas políticas e diretrizes, sua infraestrutura, seus planos de benefícios, etc.; (2) o modelo de gestão e o estilo do gestor — o modo como se relaciona com as pessoas, por exemplo; e (3) a própria equipe — atuando como agentes facilitadores para um efetivo clima de bem-estar.
É fundamental investir em ações que visem à melhoria da qualidade de vida dos colaboradores e evidenciem a preocupação da empresa em promover um ambiente de trabalho agradável e produtivo. É importante criar um ambiente que favoreça a integração, estimule a comunicação e faça os profissionais se sentirem parte do processo de construção e crescimento da empresa.
O monitoramento do clima deve ser uma preocupação permanente das lideranças, por meio dos contatos e das observações diárias junto às suas equipes. Entre os recursos que a empresa dispõe para gerir o clima organizacional, estão, além dessa observação cotidiana, as pesquisas de clima estruturadas. Esse monitoramento ajuda a elevar o nível de satisfação dos empregados, uma vez que estes se sentem ouvidos e com abertura para participar e sugerir melhorias para a empresa. Mas é importante perceber que apenas utilizar ferramentas de clima organizacional não garante a motivação e satisfação dos empregados. É necessário, também, atuar concretamente para minimizar ou eliminar os problemas identificados e dar visibilidade às ações definidas e implantadas para a melhoria do ambiente de trabalho.
O profissional, por sua vez, deve perceber que o clima da empresa não depende apenas das lideranças ou das condições oferecidas pelas organizações, mas também de suas atitudes no dia a dia. Hábitos simples, como cumprimentar as pessoas, ser prestativo e evitar fofocas, facilitam a convivência diária. Demonstrar bom humor, proatividade, solidariedade e cooperação com os colegas, além de saber lidar com momentos de tensão, são outros comportamentos que favorecem a melhoria das relações no ambiente de trabalho. Também é importante, durante as pesquisas de clima, que o profissional responda com sinceridade às questões que buscam diagnosticar como anda o ambiente de trabalho, uma vez que esses resultados são utilizados para a formulação de políticas de aperfeiçoamento.
Cuidar do clima no ambiente de trabalho é, portanto, responsabilidade tanto do gestor e da empresa, por meio de ações estruturadas, como de cada colaborador, nas pequenas atitudes do dia a dia. O resultado é uma empresa melhor para se trabalhar, com resultados positivos para todos.

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