“Podemos utilizar a imagem de um elástico para imaginar nossa resposta aos problemas cotidianos. Cada vez que enfrentamos um problema, esticamos ou relaxamos esse elástico”.
Francisco da Costa, especialista em controle do estresse, mestre em Psicologia do Trabalho pela Universidade de Barcelona e parceiro da ÁgilisRH
Musculatura tensa, ansiedade, dores nas costas, pressão alta, glicose e colesterol elevados, além de respiração ansiosa, cansaço e humor deprimido ou irritável, são sintomas para os quais devemos estar atentos porque podem ser sinais de estresse em excesso.
E o que nos deixa estressados? Além dos “estressores” que vêm “de casa”, como problemas de saúde e financeiros ou dificuldades afetivas, estudos mostram que entre os principais causadores da subida do nível de estresse nas empresas estão as exigências de novas competências no uso de novas tecnologias, as jornadas estendidas, a monotonia de algumas funções, viagens constantes ou demandas, próprias da função, mas carregadas de pressão por resultados elevados e prazos muito curtos ou, ainda, tensões no relacionamento com chefes e colegas.
Por isso, o controle do estresse é uma luta diária na medida em que as cobranças e as situações de pressão e ou de tensão podem afetar diferentemente cada profissional, conforme seu contexto pessoal, mas afetam também as equipes. Normalmente, o estresse – individual ou coletivo – se manifesta na diminuição da concentração e na qualidade da comunicação; em estado de ânimo pessimista, queixoso ou desconfiado; em atrasos e queda da produtividade; ou na acentuação de hábitos que simulam sensação de bem-estar, como ingestão excessiva de café ou consumo de cigarros.
Hábitos saudáveis como exercícios físicos regulares, práticas de relaxamento e alimentação equilibrada, são opções que cada um pode individualmente adotar. Já nas corporações, espaços para descanso, ginástica laboral, grupos de resolução de problemas estimulando atitudes de cooperação e solidariedade ou eventos de lazer, inclusive envolvendo as famílias, são ações que podem contribuir de forma direta para melhor gestão do estresse no ambiente de trabalho.
O equilíbrio desejável está na capacidade de, ao final do dia, deixar que o “elástico” volte à sua forma normal, sem romper e sem perder a flexibilidade, o que permitirá o relaxamento necessário para uma boa noite de sono.
O Gestão Mais é uma coluna da TGI na revista Algomais. Leia a publicação completa aqui: www.revistaalgomais.com.br.