por Fernando Braga, sócio da TGI Consultoria em Gestão
Pontos aos quais os empreendedores precisam ficar atentos para aumentar seu potencial de sucesso.
O tema empreendedorismo está em alta nos diversos canais de comunicação e vem despertando o desejo de muitos profissionais de abrir o seu próprio negócio. Por isso mesmo, é importante compreender que modelos mentais devem orientar a atuação empreendedora para não acabar entrando na estatística* dos 58% das empresas de pequeno porte que fecham as portas antes de completar 5 anos (* www.brasil.gov.br/empreendedor).
E como fazer? Certamente não há uma fórmula pronta para ser um empreendedor de sucesso, mas algumas orientações são bastante importantes. O primeiro ponto é o foco: empreendedores devem priorizar o que é essencial, sem desperdiçar energia, tempo e recursos. Isso requer capacidade de tomar decisões e de fazer escolhas e apostas, já que o caminho mais fácil (escolher tudo) não é uma opção. O segundo ponto é a busca contínua pela criação de valor: empreendedores estão atentos aos problemas e incômodos dos clientes e buscam sempre fazer diferente.
Outro ponto essencial é a criatividade, que requer curiosidade, questionamento contínuo de premissas e de “verdades” aceitas pelo mercado e disposição para explorar o diferente e para correr e administrar os consequentes riscos.
Empreendedores precisam ser orientados por seu ego. Para ter sucesso, não basta a motivação para ganhar dinheiro ou se sustentar: é necessário um desejo de deixar marcas; empreendedores têm vontade de dirigir a própria carreira e os próprios projetos, sem precisar de alguém que lhes diga o que fazer.
Num negócio que tem o crescimento como projeto, é inviável fazer tudo sozinho. Empreendedores precisam ter ou aprimorar habilidades de gestão e desenvolvimento de equipes, como a capacidade de orientação, multiplicação de conhecimentos, delegação, gestão da integração e administração de conflitos.
Outro ponto que diz respeito à gestão de equipes, mas que vale a pena destacar separadamente, é a capacidade de mobilização das pessoas, atribuindo significado ao trabalho, comunicando os papéis, as atividades e a razão de ser do negócio de uma maneira que mobilize e inspire as pessoas.
O último destaque é o foco comercial. É de fundamental importância avaliar a viabilidade dos produtos e serviços oferecidos. Algumas das perguntas que devem ser feitas são: Quem paga? Quanto paga? Paga por quanto tempo? Mais gente pagará por isso no futuro? Quem serão os primeiros clientes? E o milésimo cliente? Além disso, deve-se buscar estar sempre articulado no mercado e em contato com o maior número possível de pessoas.
Claro que é quase surreal esperar todas estas características de um ser humano (embora de vez em quando nos deparemos com alguns empresários “extraterrestres”). Daí a importância de atuar em sociedade ou parceria, pois explorando características complementares minimizam-se fragilidades individuais e potencializam-se forças, trazendo muito mais competitividade a qualquer negócio.