por Fernando Braga, sócia da TGI Consultoria em Gestão
Para conseguir um desempenho diferenciado e o crescimento contínuo, é necessário buscar se autoavaliar constantemente.
No dia a dia da liderança e da gestão, os empreendedores precisam estar sempre atentos ao ambiente externo e responder às pressões, que normalmente vêm de todas as partes com que interagem: clientes, fornecedores, empregados, acionistas, órgãos reguladores, sócios, concorrentes, parceiros, atores políticos (internos e externos à organização), entre muitas outras.
Num contexto de tanta pressão por resultados e decisões, o empreendedor de sucesso se diferencia pela sua capacidade de produzir resultados, pelo modo como conduz a equipe e por sua maneira de lidar com as mudanças. Para potencializar essas três capacidades, é muito importante desenvolver o autoconhecimento.
Para conseguir um desempenho diferenciado e permitir o próprio crescimento contínuo, o empreendedor precisa se autoavaliar de modo verdadeiro; buscar entender, com o mínimo possível de vaidade, e buscar entender como os outros o veem; e ficar atento às suas próprias atitudes, considerando a visão do outro e se perguntando sobre as razões dessas percepções externas, mesmo que não concorde com elas, utilizando-se das críticas a seu favor.
Além da busca pelo equilíbrio entre autoavaliação e avaliação externa, a fim de serem capazes de mobilizar realmente as equipes e de conseguir dar resultados de modo consistente, os empreendedores precisam manter altos níveis de motivação e, para isso, precisam compreender o que realmente os mobiliza.
Muitos empreendedores medem seu sucesso ou desempenho através de parâmetros de reconhecimento externo, tais como remuneração ou tamanho da empresa. Existem, porém, fatores internos que têm significado igualmente (ou até mais) importante na motivação, como o sentimento de crescimento pessoal, a possibilidade de poder orientar e ajudar outras pessoas, de ter oportunidades de aprendizado ou saber que está fazendo a diferença para a sociedade ou para um grupo de pessoas.
É necessário ter coragem para atuar na direção das verdadeiras motivações pessoais, e não apenas na busca da validação externa, com a qual a grande maioria dos empresários e profissionais está habituada. Assim, a liderança poderá ser exercida com mais paixão e maior potencial de mobilização das equipes, permitindo alto desempenho de modo sustentável.