A oportunidade está aí. Vale a pena participar do debate mobilizado pela ARIES (organização social) pelo site e pelo Facebook.
O Recife será a primeira capital brasileira a completar 500 anos, em 2037. Por isso, se depara com uma oportunidade ímpar de elaborar, agora, um plano estratégico que trace um roteiro inteligente e bem feito, um “mapa do caminho”, capaz de lhe permitir chegar lá como uma cidade muito melhor para viver do que é hoje.
“Ah!”, pensarão alguns, “mas a cidade não consegue resolver seus problemas atuais, como é que vai fazer um plano de mais de 20 anos? Nem sei se estarei vivo até lá!”. Verdade! Mas, direi, é justamente por isso que não se pode deixar de fazer! Afinal, se não para nós, a cidade vai ficar aí para nossos filhos e netos…
Se há uma coisa que aprendi em 30 anos ininterruptos de consultoria à gestão é a pertinência da frase atribuída ao filósofo romano Sêneca: “Não há vento favorável para quem não sabe para aonde vai”. E, mais que isso: toda gestão eficaz (de uma vida, de uma empresa, de uma cidade…) se guia por um planejamento de duplo foco, de curto e de médio/longo prazos, simultaneamente. Um planejamento de “farol baixo” (curto prazo, uma gestão) e outro de “farol alto” (médio/longo prazo, várias gestões, capitaneado pela sociedade). O de farol baixo para evitar que o carro caia no buraco à frente e o de farol alto para evitar que o carro bata na vaca lá mais adiante. O de farol alto, inclusive, iluminando o campo de percurso do de farol baixo…
Esse planejamento de longo prazo para quando o Recife completar 500 anos foi, inclusive, objeto de reivindicação da sociedade civil organizada durante o debate travado na campanha eleitoral passada para prefeito da capital, inteiramente encampada pela Revista Algomais no projeto O Recife de que Precisamos.
Agora, a oportunidade está aí. O debate mobilizado pela ARIES – Agência Recife de Inovação e Estratégia, organização social vinculada ao Porto Digital. Vale a pena participar, ao menos respondendo a pesquisa. Tem um site (www.recife500anos.com.br) e um perfil no Facebook (Recife 500 Anos).
Tem outra frase de que também gosto muito, essa do futurólogo norte-americano, Alvin Toffler: “Ou você tem uma estratégia própria ou você é parte da estratégia de alguém”. Igualmente vale para pessoas, organizações e cidades. O Recife por sua importância histórica, econômica, regional e cultural não merece ficar à mercê de estratégias que não sejam a sua própria. Vamos lá!
*Artigo publicado na edição 109 da revista Algomais (www.revistaalgomais.com.br)