TGI, INTG e CAU provocam palestra sobre Governança Metropolitana

As regiões metropolitanas do Brasil terão até 2018 para apresentar uma ação conjunta para atender ao Estatuto da Metrópole, lei federal que foi sancionada em 2015 e que prevê ações públicas conjuntas para municípios vizinhos. Na prática, os municípios que formam as metrópoles terão que se juntar e promover a integração de ações de interesse comum, incluindo transporte público, destinação do lixo, saneamento básico, habitação, entre outros.

Em torno dessa discussão, a TGI Consultoria, o INTG – Instituto da Gestão e o CAU-PE (Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco) promoveram, no dia 21 de setembro, na TGI, a primeira de uma série de discussões sobre a questão metropolitana. Com a palestra “Governança Metropolitana”, ministrada pelo arquiteto e urbanista, Jório Cruz, conselheiro do CAU e ex-presidente da Fidem, agência estadual de desenvolvimento, a ideia do evento foi provocar um debate sobre a Metrópole, envolvendo conselhos, organizações, instituições, academia, poder público e empresários. A palestra ainda foi conduzida pelo por Francisco Cunha, arquiteto, consultor e sócio da TGI; a diretora presidente do INTG, Fátima Brayner, consultora em Gestão Sustentável; e pelo presidente do CAU, Roberto Montezuma.

“Essa palestra inicia a discussão com a participação do INTG sobre a questão metropolitana a partir do Estatuto da Metrópole. Queremos provocar uma ampla discussão com os diferentes atores para refletir sobre os desafios para a governança da metrópole”, destaca Francisco Cunha. Ainda segundo ele, deve-se retomar a discussão de cidade face à complexidade das grandes regiões metropolitanas.

Para implementar o Estatuto, estão previstos dez instrumentos de gestão compartilhada, incluindo consórcios públicos, convênios de cooperação, contratos de gestão, parcerias público-privadas e ainda a possibilidade de compensação por serviços ambientais.  “O Estatuto da Metrópole fixa diretrizes gerais ao planejamento, gestão e execução de políticas públicas em regiões metropolitanas e aglomerações urbanas instituídas pelos estados. Agora os municípios precisam se juntar, constituir uma ação para gerir as políticas públicas de forma conjunta”, alerta Fátima Brayner.

Para o urbanista Jório Cruz, a melhor forma seria por meio do Consórcio, a partir de um Conselho Metropolitano formado pelo Estado de Pernambuco e pelos municípios, representados pelos prefeitos da Região Metropolitana do Recife, ou Região da Metrópole do Recife (um total de 14). E também da população, por meio das Câmaras Consultivas, as quais seriam coordenadas por uma Secretaria-Geral. A primeira reunião provocada pela TGI, INTG e CAU reuniu representantes de instituições e organizações envolvidas com a problemática, como a UFPE, OAB, Conselho Regional de Economia, CREA, Aries e CESAR.

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