Na última sexta-feira (20), no auditório do JCPM, a TGI promoveu o evento “Governança nas Empresas Familiares Pernambucanas”, que contou com uma palestra do economista Werner Bornholdt, doutor em psicologia das organizações e maior especialista em empresa familiar do Brasil. Na ocasião, também foram apresentados os resultados da segunda sondagem sobre Governança nas Empresas Familiares Pernambucanas, realizada pela TGI com o objetivo de conhecer como as famílias empresárias do Estado estão escolhendo e formando seus sucessores.
Em sua apresentação feita para mais de 200 participantes, entre sócios, herdeiros, sucessores e executivos de empresas familiares, Werner Bornholdt falou sobre o tema “Empresa Familiar Robusta e Longeva: o que fazer para reforçar a competitividade da empresa familiar ao longo do tempo”. Um dos pontos reforçados pelo especialista foi a importância da definição dos valores e sua internalização pelas novas gerações e de cuidar tanto da empresa como da família, bem como investir em educação para a gestão e a governança.
“A empresa familiar é a base da economia moderna, e as principais dificuldades encontradas por elas são dentro delas mesmas, nem sempre as dificuldades são externas. Também é preciso muita conversa para que as empresas tenham uma boa sucessão, a preparação dos sucessores é fundamental”, destacou Bornholdt. Em sua palestra, o especialista também abordou questões como os modelos de governança e gestão, alinhamento estratégico da família empresária, entre outros.
Após a palestra, foram apresentados os dados revelados pela sondagem feita pela TGI com integrantes de empresas familiares pernambucanas. Foram ouvidas 202 pessoas de mais de 80 organizações. De acordo com a pesquisa, entre as maiores atividades adotadas pelas empresas para o desenvolvimento dos sucessores, estão o rodízio pelas áreas para conhecimento dos processos (33%), feedback para os sucessores (27%), planos de desenvolvimento individual (24%), participação em associações empresariais (16%), entre outras. Um dos destaques das empresas está na necessidade do sucessor ter uma graduação completa para que possa estar presente na organização.
Segundo Georgina Santos, coordenadora da sondagem e sócia da TGI, a profissionalização dos sucessores é fundamental para que as empresas tenham continuidade. “A pesquisa foi feita essencialmente com empresas do Estado e mostra que a grande maioria mostra preocupação e já vem implantando algumas iniciativas na direção da profissionalização”, finaliza.