Agenda 2018: Mundo, Brasil e Pernambuco Além da Crise.


Após o período em que a economia sofreu bastante com a crise, o Brasil volta a caminhar em direção à estabilidade. Mas quais serão os desafios dos empresários para a retomada da economia? Esse é o momento de refletir sobre o futuro e o que fazer daqui pra frente no Brasil, como também em Pernambuco e no Recife.
Como se desenha esse futuro foi o que o consultor Francisco Cunha, diretor da TGI Consultoria em Gestão, apresentou na sua palestra realizada na última segunda-feira (27), no evento Agenda 2018, promovido pela TGI Consultoria e Revista Algomais, realizado no Teatro RioMar, Pina, que ainda contou com a apresentação dos cases do Grupo Duca e da In Loco Media.
Durante o evento, também foi lançada a pesquisa Empresas & Empresários 2018 – Pernambuco Além da Crise, realizada pela TGI e pelo INTG, e que visa mapear o modo como as empresas estão superando a crise, construindo condições para chegar ao futuro e contribuindo para o desenvolvimento do Estado.
Confira os pontos principais da palestra de Francisco Cunha:
Mundo
A Era Donald Trump não decolou e, até o momento, os Estados Unidos mostram-se com um Governo inoperante e com um presidente caricato que parece brincar de governar.
Já a Europa afunda-se em contradições e crises sociais e políticas. Independência da Catalunha e separação da Espanha; imigração constante; e uma Rússia que “posa” com desempenho de esfinge.
A China, por sua vez, se prepara a passos largos para assumir a dianteira econômica e – por que não? – militar mundial, transformando Xi Jinping na sua maior liderança da história recente depois de Mao Tsé Tung. O país se firma cada vez mais como potência mundial. Só com o projeto da nova Rota da Seda, a China já atraiu mais de 50 países parceiros interessados em participar.
Brasil
 O País, depois de enfrentar a maior recessão da história documentada, agora se depara com o descolamento das crises econômica e política.  Na economia, já se verifica um crescimento positivo em 2017 e uma retomada de números mais positivos em 2018, inclusive com ares mais robustos devido ao ano eleitoral.
A economia começa a recuperação após o ciclo recessivo de dois anos.
Mas, mesmo com um cenário mais positivo, há uma clara necessidade de ajuste fiscal no Governo Temer e, sobretudo, no próximo, o que, por si só, é um importante freio a um crescimento mais acentuado.
No ponto de vista político, 77% avaliam como ruim ou péssima a gestão (setembro/2017) do presidente Temer. A política afeta a recuperação econômica, mas não a interrompe. Enfim, do ponto de vista político, a incerteza perdurará no Brasil até a eleição, com o governo Temer aprofundando na sua “sarneyzação”.
E então, o que esperar para o Brasil em 2018? Segundo o consultor Francisco Cunha, ainda não há respostas certas porque “a política complica-se de modo expressivo e aumentam-se as incertezas”.
“Mas, haverá uma retomada e as empresas devem estar preparadas. Deve-se manter, primeiramente, a cautela redobrada. Outro ponto é preparar os colaboradores para o novo ciclo de crescimento dos negócios. E, ainda, reforçar a escuta dos clientes”, reforça Francisco Cunha.
Ainda segundo o consultor, sem dúvidas, já no presente e, mais ainda, no futuro próximo a grande mudança está na chamada 4ª revolução: a disrupção digital. “Não tem mais como fugir, há uma digitalização da vida cotidiana e dos negócios”, afirma.
Pernambuco
Depois de sofrer muito com a crise, Pernambuco deve retomar uma trajetória de recuperação, igual ou um pouco acima do País. Para o Estado, segundo Francisco Cunha, é fundamental, agora, olhar para frente e procurar se posicionar além da crise. Inclusive, a Pesquisa Empresas & Empresários – Pernambuco Além da Crise, lançada no evento, tem esse foco.
Recife
Para Francisco Cunha, há no Recife uma necessidade real de engajamento do cidadão na construção de melhor qualidade de vida urbana no presente e na preparação para o futuro. Alguns exemplos desses engajamentos é o Movimento Olhe pelo Recife Cidadania a Pé, com destaque para as reuniões e para as caminhadas domingueiras mais recentes (1817, De Baobá a Baobá, Jardins de Burle Marx e Matas de Brennand); e o Grupo Casa Forte Mais Seguro com as caminhadas e o Bairro Legal. Além do Parque Capibaribe com seus avanços e destaque internacional. O projeto que foca na revitalização do Rio Capibaribe já foi “imitado” por grandes metrópoles como Nova York e Paris.
 

Este post tem um comentário

  1. Sérgio de M. Pereira

    Parabéns pelo cenário apresentado. Entendo que Pernambuco precisa construir uma Proposta Política Econômica e Social com ética, desenvolvimento econômico e melhoria da qualidade de vida da população (os excluídos-FHC). É necessário um protagonismo de Pernambuco na prática política do país, construir objetivos comuns e defende-los nacionalmente.

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