Produtoras do estado lançaram, em dezembro, o Fórum Audiovisual de Pernambuco. O Fórum teve a coordenação da TGI, foram realizadas quatro Oficinas de Trabalho com três focos principais: discussão dos desafios comuns do setor, da identidade do grupo e formulação do plano de implantação. No evento de lançamento, foram apresentados os principais conteúdos produzidos a outras produtoras e representantes de outros setores, como ABAP, Cesar e BNDES. O movimento empresarial que deu origem ao fórum surgiu de maneira espontânea, a partir da identificação de dificuldades comuns entre as empresas.
“A partir desse problema criamos um grupo com cerca de 30 produtoras pernambucanas para tomar decisões democráticas e para marcar encontros presenciais. Com isso, foi realizado o nosso primeiro encontro na TGI”, lembra Marcelo Barreto, sócio e diretor executivo do Ateliê Produções e um dos idealizadores do fórum. A participação da TGI como mediadora dos encontros se deu através da necessidade de uma visão de fora do meio para dar o feedback necessário às discussões. “A TGI tem experiência em gestão e nos sugeriu realizarmos oficinas, inclusive usando referências de outros grupos como a APRO – Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais de São Paulo, para mostrar sua experiência com gestão de produtores e, assim, podermos coletar informações ao longo desse processo”, explica Marcelo.
O lançamento foi o ponto de partida para uma agenda permanente de encontros a serem realizados pelo fórum. No evento, foi apresentado um documento com a conceituação do projeto, papel, objetivo e o planejamento de ações para 2018. Os associados também participaram de um curso sobre formatação de projetos audiovisuais ministrado por Mariana Brasil, referência do assunto no país.
Sérgio Cavalcanti, superintendente do CÉSAR – Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife e presidente da AMCHAM – Câmara Americana de Comércio, foi um dos convidados do lançamento e destacou a importância da articulação com diversos setores do mercado para discutir seus rumos. “Considero a ideia do fórum interessantíssima, compartilhar experiências e questionamentos é importante, sair da caixa de competidor e virar cooperador. Com essa união, certamente haverá um fortalecimento da representatividade do setor em relação ao entendimento maior dos seus problemas e das angústias”, analisa.
Para Juliana Ferreira, coordenadora de serviço do BNDES e convidada do evento, o Fórum é importante para trocar ideias e soluções mais abrangentes. “Achei a iniciativa interessante por proporcionar um espaço onde as empresas poderão conhecer suas necessidades em conjunto, assim como as oportunidades de mercado. Outra coisa muito importante é a possibilidade de se comunicar com o ambiente externo, procurando outras entidades, por meio da agenda de interlocuções”, afirma.
O Presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade em Pernambuco (Abap-PE), Giovanni di Carli, também louvou o projeto. “Foi um prazer enorme participar do evento e ver como a categoria está mobilizada em encontrar novos formatos de operação e caminhos para se adequar a uma nova realidade de mercado. O Fórum Audiovisual é mais que uma reunião de empresas, é uma conquista do setor”, completa.
“A ideia é criar uma representatividade no audiovisual, para tratar sobre a área e de dúvidas que possam surgir. Que as empresas possam contar com essa associação que trabalha no setor e tem esse fortalecimento. Estamos abertos a novos associados para participar de discussões e pautas. Queremos conversar com fornecedores do mercado, clientes, agências e estar presente nos projetos que incluem o mercado audiovisual, impulsionado pela tecnologia”, finaliza Marcelo Barreto.