Lições da crise aérea brasileira:o que é possível aprender para a gestão
Passada a estupefação inicial de todos com o acidente do avião da TAM que provocou a morte de 199 pessoas, do outro lado da avenida que leva ao aeroporto…
Passada a estupefação inicial de todos com o acidente do avião da TAM que provocou a morte de 199 pessoas, do outro lado da avenida que leva ao aeroporto…
Infelizmente não dá para dar continuidade neste número, conforme prometido no anterior, ao tema da inadequação de comparar uma empresa com uma orquestra. Esse tema importante precisa ficar para depois diante da terrível realidade do maior acidente aéreo da história do país, no aeroporto mais movimentado no país, na maior cidade do país. Desafortunadamente, não dá para não tratar a questão como, parafraseando a consagrada expressão literária de Gabriel Garcia Marques, a “crônica de uma tragédia anunciada”. O próprio Gestão Hoje já tratou do assunto três vezes desde o terrível acidente envolvendo o avião da Gol e o jato Legacy, dez meses atrás (ver GH/614, GH/619 e GH/634).
A excelente revista Época Negócios na sua mais recente edição (julho/2007) cai na armadilha montada pelo grande pensador da Administração de Empresas, o austríaco naturalizado norte-americano, Peter Drucker (1909-2005), em artigo publicado em 1988 (“O Advento da Nova Administração”), na Hervard Business Review, e afirma de forma peremptória que a empresa contemporânea deve ter a orquestra sinfônica como metáfora do seu desenvolvimento.
Uma das maiores dificuldades enfrentadas por aqueles que assumem responsabilidade gerencial é exercitar o papel pedagógico.
O Conselho de Ética do Senado continua dando um show de falta de ética, dentre outras barbaridades, elegendo um presidente que responde processo no Supremo Tribunal Federal, acusado de crime contra a ordem tributária. Enquanto não se resolve nada no Conselho, o “caso Renan” segue humilhando o país.
Quando se pensava que tudo o que poderia ser visto em termos de degradação da classe política brasileira já havia sido encenado, eis que surge nas telas da vergonha nacional o deprimente espetáculo protagonizado pelo presidente Renan Calheiros e pelo inacreditável Conselho de Ética do Senado Nacional. Chegou-se até a falar em “sangramentos” pessoais e institucionais.
A observação in loco da realidade e do atual estágio de desenvolvimento da China não deixa nenhuma dúvida sobre qual a intenção estratégica dos dirigentes chineses em relação ao resto do mundo, conforme destaca com muita propriedade a abertura da reportagem especial da revista Veja de 09.08.06 que identificou “uma disposição incomum dos entrevistados de todas as idades em se medir com os demais países”.
Falando para empresários nordestinos e chineses participantes da Missão Empresarial do Nordeste do Brasil à China, promovida pela Federação do Comércio do Estado de Pernambuco neste mês de junho, na cidade de Pequim, o presidente da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), maior empresa de geração de energia elétrica do país, destacou a importância do Brasil e da China no cenário internacional como grandes países:
Apesar de ninguém desconhecer que a China é o maior fenômeno econômico das três últimas décadas, não deixa de surpreender, mesmo para os mais informados, o que aconteceu depois das reformas promovidas por Deng Xiaoping em 1978 (ver o GH/618).
Aproveitando o melhor momento da economia internacional desde, provavelmente, o pós-guerra (crescimento próximo a 5% ao ano nos últimos cinco anos), o Brasil está atingindo um nível de estabilidade macroeconômica talvez nunca antes observado.