A ameaça do petróleo

Na semana passada, o preço do barril de petróleo no mercado internacional, acompanhando uma tendência de instabilidade de semanas anteriores, oscilou chegando a US$ 37,20 (a cotação mais alta desde a Guerra do Golfo em 1990) e fechando, na sexta-feira 22.09.2000, em US$ 32,68, depois que os EUA, em plena campanha eleitoral, anunciaram que iriam utilizar sua reserva estratégica do produto para forçar a baixa dos preços. O preço do barril, considerado adequado pelos analistas, é US$ 26,00.

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A volta do crescimento

A divulgação recente de dois indicadores conjunturais não parece deixar dúvidas: a economia brasileira está no meio de um ciclo de crescimento. No primeiro semestre de 2000 a indústria operou o mais alto nível de produção dos últimos 25 anos (com crescimento acumulado em 12 meses, segundo o IBGE, de 4,2%). Nesse mesmo período do ano, o crescimento total do PIB foi de 3,84%, a terceira maior alta da década. Outra peculiaridade: o crescimento trimestral do PIB foi o sexto consecutivo desde janeiro de 99, mês da desvalorização cambial.

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Os juros e o crescimento do país

O Copom (Comitê de Política Econômica do Banco Central), reunido na semana passada, resolveu manter a taxa básica de juros brasileira (a chamada Selic) em 18,5% ao ano (a norte-americana, aumentada na semana anterior, está em 6,5% ao ano). É, segundo a revista Dinheiro, "a taxa de juro real mais espetacular do planeta", embora a economia brasileira "esteja longe de ser a economia mais arriscada do mundo". E olhe que já esteve na casa dos 45%, após a crise da Rússia, dos 41%, após a crise da Ã?sia e dos 43%, após a desvalorização do real, em janeiro/99.

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Greenspan, os juros e o Brasil

A autoridade monetária mais temida do planeta, Alan Greenspan, dirigente do Fed (Federal Reserve), o banco central dos EUA, comandou na terça-feira passada, mais uma vez, a elevação dos juros básicos norte-americanos em 0,5 ponto percentual, colocando-os no patamar dos 6,5% ao ano. Essa é a maior taxa desde 1991. E tem mais: manteve o viés de alta (ou seja: deve vir mais aumento por aí). Por que ele faz isso? Em uma expressão: medo da inflação e do descontrole da economia. As autoridades monetárias das economias desenvolvidas fogem da inflação e da incerteza macroeconômica como o diabo foge da cruz.

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Razões para acreditar

No dia dedicado ao trabalho, passadas as comemorações dos 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil mas ainda sob sua influência, vale uma reflexão: que razões podemos ter para acreditar no futuro do país onde vivemos e trabalhamos, apesar do seu passado de tropeços? Dito de um modo mais direto: dá para acreditar que temos um futuro viável? Uma precaução, de partida: a visão das dificuldades do passado não nos deve cegar para as potencialidades do futuro. Sobretudo, quando elas estão à vista, desde de que olhadas de uma perspectiva que ajude a buscar, hoje, rumos para esse futuro, com a determinação de não esperar mais "outros quinhentos.".. anos para ver no que dá.

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Empobrecidos em dólar

Um ano depois da flutuação do dólar em janeiro/99, a desvalorização cambial que se seguiu mostra o resultado acumulado de seus efeitos sobre a economia. O PIB (a soma das riquezas produzidas) do Brasil, calculado em dólar, sofreu uma redução drástica de 28,48%. Passou de US$ 776 bilhões em 98 para US$ 555 bilhões em 99.

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2000 melhor do que 1999

Do ponto de vista macroeconômico, há uma espécie de entendimento compartilhado pelos analistas mais respeitados de que o próximo ano será melhor do que foi 99. Nesta mesma época, em 98, os cenários previstos para 99 eram bem mais inquietantes que os traçados hoje para 2000. No final do ano passado, a observação do ritmo de diminuição das reservas cambiais deixava no ar o pressentimento de que alguma coisa séria estava por acontecer. Em janeiro, os receios se concretizaram e assistimos temerosos a desvalorização do real, seguida das mais sombrias previsões sobre o comportamento da economia.

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Melhor que a encomenda

No que diz respeito ao desempenho, a economia do país em 1999 saiu-se melhor do que a encomenda. A julgar pelas projeções sombrias que podiam ser feitas no final do ano passado e, sobretudo, pelo início de pânico que se seguiu à flutuação do dólar em 15 de janeiro, o que de fato aconteceu pode ser considerado uma vitória.

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