Enquanto a crise não se resolve, as CPIs ressaltam o desafio de conduzir reuniões

Enquanto a gravíssima crise política corre solta em Brasília e as apurações avançam a passo de tartaruga, começam a aparecer notícias de que se estaria costurando um "acórdão" para salvar o pescoço de vários parlamentares denunciados. Independente do que vier a acontecer, o importante é a constatação de que as instituições estão funcionando e são inevitáveis os aperfeiçoamentos que virão, na melhor linha daquilo que o falecido Darcy Ribeiro chamava de avanços do Brasil "aos trancos e barrancos".

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Baixíssima capacidade de lidar com acrise compromete futuro do governo Lula

A semana que passou foi particularmente difícil para a esquerda brasileira. Na quinta, 11.08, a todos chamou atenção o choro coletivo dos deputados do PT no plenário da Câmara, depois de saberem, pela voz de Duda Mendonça na CPI dos Correios, que o partido lhe havia feito pagamentos pelo caixa 2 do valerioduto em paraísos fiscais no exterior. Na sexta, 12.08, o presidente Lula fez um discurso ao país em que, embora aquém do que seria necessário, dada a gravidade da crise, confessa a existência do mar de lama que ameaça invadir seu gabinete. E no sábado, 13.08, falece aos 88 anos no Recife, o deputado Miguel Arraes de Alencar, presidente do PSB e ícone da esquerda no país, o último dos políticos de peso pré-64 ainda em atividade. O "último tamoyo", como a ele se referiu o repórter Jorge Bastos Moreno, de O Globo, em seu blog (oglobo.globo.com/online/blogs/ moreno/default.asp).

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Agora, não dá mais para fazerum "acordão" e terminar tudo em pizza

Com a descoberta de que o esquema chamado pela imprensa de "lavanderia do Marcos Valério" tinha sido usado também na campanha eleitoral do ex-governador e hoje senador mineiro Eduardo Azeredo, presidente do PSDB, começou a ser disseminada, na semana que passou, a impressão de que a crise política havia atingido o seu ápice e, a partir daí, começaria a refluir, sinalizando para um acordo que levaria à não punição dos culpados. Uma análise um pouco mais cuidadosa e menos apressada leva a conclusões opostas.

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A democracia brasileira precisado PT como um partido político forte

Numa das grandes enchentes do Rio Capibaribe que assolaram a cidade do Recife na década de 1970, o empresário do comércio de tecidos Luiz Gonzaga de Lima Borges, chamado por familiares e amigos de Dosa, transferido de sua casa térrea no bairro da Tamarineira para o primeiro andar de uma casa vizinha, impressionado com a força e altura das águas que invadiam a rua, ia freqüentemente à varanda, olhava a devastação, e repetia um chavão bem ao gosto da imprensa da época:

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Ainda não é possível caracterizar ocenário mais provável para o governo Lula

Quando o deputado Roberto Jefferson resolveu puxar, na tentativa de desviar a atenção das acusações que lhe estavam sendo feitas, o fio do "mensalão", ninguém tinha idéia da dimensão do novelo que está sendo desenrolado à vista de todos. Um novelo cuja extensão, inclusive, ninguém ainda é capaz de prever.

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Três cenários possíveis sobre aevolução da grave crise política atual

William Waack, jornalista da Rede Globo e âncora do excelente GloboNews Painel, na abertura do programa do último final de semana, comentou que quando a atual crise política começou ela produzia fatos importantes a cada mês, depois passou para cada semana, depois para cada dia e, agora, dá a impressão de produzir fatos novos a cada hora.

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Não é hora de descrer da políticamas sim de exigir uma reforma efetiva

Independente da descoberta e da punição dos culpados pelas recentes malfeitorias políticas investigadas pela CPI dos Correios e diversas outras sindicâncias paralelas no âmbito dos poderes legislativo, executivo e judiciário, é indispensável, como assinalado no Gestão Hoje anterior (número 540), aproveitar a crise para avançar na melhoria do arcabouço político do país.

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