O governo Lula entre o sucessoinicial e o risco de fracasso a médio prazo
A observação da trajetória do governo Lula até agora chama a atenção para a questão da convivência de uma parcela de sucesso com outra de fracasso.
A observação da trajetória do governo Lula até agora chama a atenção para a questão da convivência de uma parcela de sucesso com outra de fracasso.
Recentemente o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) divulgou o IDH (Ã?ndice de Desenvolvimento Humano) de 2003, com uma boa notÃcia: o Brasil subiu da posição 69 para a posição 65 no ranking de 175 paÃses. Os progressos brasileiros deveram-se a melhorias na educação, na expectativa de vida e na igualdade entre os sexos.
O tema da versão anterior do Gestão Hoje (a onipresença do design na nossa vida cotidiana), suscitou vários comentários de leitores, dentre os quais destaca-se, por oportuno ao aprofundamento da questão, o feito por Marco Antônio Vieira Souto, consultor em comunicação:
Uma das características mais marcantes da vida moderna é a onipresença do design em praticamente todos os objetos que estão à nossa volta.
Diferentemente da Reforma Tributária, proposta pelo governo, que não só não resolve a questão da injusta carga tributária do Brasil como ainda provocará o seu aumento, a Reforma da Previdência vai um pouco mais além, ao encontro das reais necessidades do país.
Na semana passada, o ministro da Fazenda Antônio Palocci, fiel ao seu costume de fazer ironia com o fato de ser médico e, não, economista, disse que o Brasil havia saído "definitivamente da UTI" e que o risco de descontrole inflacionário havia sido "debelado".
Em meio ao aquecido debate sobre a economia do país - juros altos, crescimento negativo, arrocho fiscal etc. - sobressai a postura, um tanto ou quanto olímpica, do ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
Nos últimos dias, com a divulgação dos indicadores mais recentes, tem-se intensificado na mídia o debate sobre o desaquecimento da economia e o risco, que alguns analistas consideram sério, de a coisa descambar para uma recessão forte.
Enquanto o debate sobre as altas taxas de juros e seu impacto negativo sobre a atividade econômica corre solto na mídia, uma notícia preocupante passou sem ser percebida: a carga tributária alcançou 41,23% do PIB no primeiro trimestre de 2001.
Antes mesmo de começar, o governo Lula já tinha conseguido, em comum acordo com o governo passado, aumentar os juros. Depois de assumir, promoveu mais dois aumentos seguidos. Além disso, radicalizou o ajuste fiscal, adotando e praticando um superávit primário maior do que o acertado com o FMI.