Seis por meia dúzia
Este é o sentimento que todos tiveram com o resultado da reforma ministerial realizada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso: muito suspense para uma mudança que deixa as coisas do mesmo jeito que estavam antes.
Este é o sentimento que todos tiveram com o resultado da reforma ministerial realizada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso: muito suspense para uma mudança que deixa as coisas do mesmo jeito que estavam antes.
Assim como a escova de dentes e o telefone celular, o desejo é pessoal e intransferível. Desde a antigüidade, sua existência e importância têm sido objeto da atenção dos pensadores.
Na semana passada o Plano Real completou cinco anos do lançamento da nova moeda (sem contar a estréia da URV, em março/94), alcançando uma façanha até hoje difícil de acreditar: o controle da inflação crônica que há mais de uma geração assolava a economia do país.
O ano 2000 sempre foi considerado uma espécie de símbolo do fim dos tempos, de data limite da humanidade. É possível que, por isso, tenha ficado gravado no inconsciente das pessoas como um horizonte além do qual não se conseguia pensar direito, porque representaria o fim de uma era, coincidente com o fim do milênio (muito embora o novo milênio só inicie, mesmo, a zero hora do dia primeiro de janeiro de 2001).
O dia a dia de trabalho é muito exigente, sobretudo para aqueles que têm responsabilidade gerencial. Requer paciência, perseverança, obstinação. E tudo isso consome, como precisamente registrado na poesia do escritor recifense Paulo Gustavo, uma "ração diária de nervos / que jamais voltarão a ser tranqüilos".
"Co-opetition é a chave para a vitalidade futura - e existe quando empresas ao mesmo tempo cooperam e competem entre si." Jessica Lipnack & Jeffrey Stamps em "Rede de Informações - The Teamnet Fator", Makron Books, São Paulo, 1994
A administração do tempo para aqueles que têm responsabilidade de fazer com que as coisas aconteçam (diretores, gerentes, executivos, coordenadores) sempre foi e sempre será um problema sério.
Depois que a situação da economia parecia melhorar, afastando os temores mais apocalípticos produzidos nos últimos meses, depois que a CPI dos Bancos parecia rumar por um caminho menos espalhafatoso e mais conseqüente, o presidente aparece envolvido em telefonemas comprometedores e mais uma crise se superpõe à outra, paralisando tudo.
Theodore Levitt, em seu famoso artigo, o clássico "Marketing Myopia" de 1960, chama a atenção para um fato até hoje, entre nós, muito pouco levado em conta, pelo menos coinscientemente . Ele considera Henry Ford, o criador da indústria automobilística, um gênio do marketing e, não, um gênio da produção, como é comumente citado.
Em 1960, Thedore Levitt escreveu um artigo na Harvard Business Review, intitulado "Marketing Myopia" que se tornou um clássico e inaugurou a era do Marketing como o conhecemos atualmente. A tese que defendia, às vésperas de completar 40 anos de enunciada, por incrível que pareça, permanece, ainda hoje, original, embora muito menos aplicada do que deveria.