Sem equipe o time não ganha

    Na vida empresarial, como no futebol, são mais vitoriosos os times que conseguem formar boas equipes.
    Quem já acompanhou algum campeonato sabe que a estatística favorece amplamente os times que conseguem construir aquilo que na gíria futebolística chama-se de “conjunto”, mesmo que, em termos de craques individuais, possam ser numericamente inferiores aos adversários.
    Paradoxalmente, até, quanto mais craques um time tem, mais trabalho de desenvolvimento de equipe precisa. Um time de craques que não consegue desenvolver uma boa equipe transforma-se num desastre técnico e financeiro. Nenhum “dream-team” suporta o peso de tanto talento sem um persistente e duradouro trabalho de formação de equipe que permita, sobretudo, direcionar os “estrelismos” em prol do conjunto e dos objetivos comuns.
    Por outro lado, um time que consegue formar uma boa equipe à custa de esforço específico e de muito treinamento, surpreende justamente por ter poucas estrelas e mais determinação coletiva.
    Tudo isso parece óbvio, mas não é. Pelo contrário, é impressionantemente alto o número de empresas que experimentam grandes fracassos na formação de equipes competitivas, mesmo quando dispõem de bons talentos individuais.
    É muito comum, inclusive, que determinados “craques”, com grande conhecimento técnico e capacidade de realização, mas sem espírito de equipe, atrapalhem mais do que ajudem por quererem a “bola só prá ele”, atuando como proprietários particulares da verdade.
    A prática de desenvolvimento de equipes de trabalho tem demonstrado que alguns requisitos mínimos devem ser observados pelos responsável pela coordenação e pelo desenvolvimento da equipe (o gerente), em relação aos seus componentes.
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    Embora não se deva esperar 100% de preenchimento de cada um desses requisitos mínimos, é razoável considerar que se um deles for 0%, muito possivelmente o “craque” vai dar, mais cedo do que tarde, problemas sérios e, na maioria das vezes, insanáveis.
    Hoje em dia, mais do que nunca, quem não tem equipe não ganha o jogo. E não dá mais para ninguém “carregar o time nas costas.” Por melhor que seja, não aguenta, porque os adversários estão cada vez mais bem preparados.
    Além do mais, trabalhar com equipes desenvolvidas tem um facilitador suplementar para o gerente: com uma boa base de conjunto fica muito mais fácil, e menos arriscado, fazer as substituições que a competitividade exige, sem desfalcar o time.