A importância da marca


Imagem 125.jpg“A Nike tem 9 mil empregados, fatura US$ 8 bilhões e não fabrica nem um cadarço.”

Odir Pereira, consultor brasileiro, Diretor da Pacific Shore Partners International Consulting, com sede em Beverly Hills, em palestra no III Congresso Pan-Americano de Administração – COPANAD, Cancun, 29.05.97

    Uma verificação amostral em quatro pares de tênis da marca Reebok, outra grande fabricante mundial, no display de uma loja de artigos esportivos em Miami, indica um país de origem diferente para cada um: China, Vietnam, Filipinas e Indonésia. Aqui, é possível encontrar nas sapatarias sandálias da mesma marca, Made in Brazil.

    Esses fatos indicam que nos tempos atuais, com o processo cada vez mais acelerado de internacionalização da economia, a administração das marcas passa a jogar um papel essencial na condução dos negócios.

    Quem tem uma marca com boa imagem construída pode se dar ao luxo de fazer como a Nike e a Reebok: cuidar do planejamento e desenvolvimento de produtos; comercialização e marketing; controle de qualidade; terceirizando ou franqueando a fabricação.

    Com isso, o detentor da marca fica mais à vontade para cuidar do que lhe interessa: mantê-la viva e presente na cabeça do consumidor, pois sabe que essa é a grande batalha do marketing.

“O marketing não é uma batalha de produtos, é uma batalha de percepções.”

Al Ries & Jack Trout no excelente livro “As 22 Consagradas Leis do Marketing”, Makron Broks, São Paulo

    Em recente artigo “a quatro mãos” com Washington Olivetto na Folha de São Paulo (16.06.97), Henry Marks, diretor da “Playboy International” diz: “as marcas são um elemento cada vez mais importante dentro de estratégias e planejamento de negócios. O posicionamento das marcas e a lealdade do consumidor para com as mesmas têm o poder de encurtar e simplificar o processo decisório dos consumidores que levam vidas corridas. Estudos recentes mostram que uma marca confiável e bem posicionada é escolhida mais depressa no varejo do que uma marca sem essas características”.

    Já se publicou que a Harley Davidson, hoje em dia, ganha mais dinheiro com o licenciamento de sua marca para canetas, chaveiros, roupas etc, que com a venda de motocicletas.

    Aqui no Brasil, temos muito o que fazer ainda neste campo. Boas marcas não faltam.