Para o bem e para o mal, as chamadas redes sociais, cujas maiores expressões na atualidade empresarial são o Twitter e o Facebook, vieram para ficar. Por isso, as empresas não podem mais desconhecer esse fenômeno que, sobre a base da internet, ainda vai provocar enormes mudanças na forma de relacionamento das organizações com o mundo, como ilustra o seguinte diálogo real acontecido recentemente no âmbito da atividade de consultoria:
– Esse negócio de redes sociais não é muita perda de tempo, não?
– É. Mas não tem alternativa.
– Por quê?
– O que teria acontecido se há cinco anos a empresa tivesse tomado a decisão de não ter site porque a internet era perda de tempo?Além do mais, os clientes de hoje estão off-line mas os de amanhã estarão on-line.
– E a gente começa por onde?
Mesmo diante da profusão de artigos e livros já publicados sobre o assunto, além da crescente quantidade de “especialistas” no tema, não é fácil responder a esta pergunta. Todavia, usando uma mistura de lógica com experiência da realidade empresarial, é possível apontar como objeto de primeira preocupação o velho site que deve estar up to date por uma questão simples: ele é o principal endereço eletrônico da empresa, localizável pela “lista telefônica” universal, o principal site de busca contemporâneo que é o Google, um verdadeiro fenômeno da era digital.
“O Google registrou em maio o recorde de 1 bilhão de usuários únicos e se transformou na primeira organização a superar essa marca, segundo dados publicados nesta terça-feira (21/06) pela empresa de estatística ComScore. O número de visitantes do Google aumentou no mês passado em 8,4% em termos anualizados.”
www.veja.abril.com.br
Com o site em ordem, é a vez de dar uma revisitada no blog. Apesar de ter, de certo modo, entrado em declínio após a emergência das chamadas redes sociais (Twitter, Facebook etc.), o “velho” blog foi, no fim das contas, revitalizado por elas, depois de ter migrado dos adolescentes para os formadores de opinião.
“Blogs vão sobreviver, tendo que se adaptar melhor aos interesses dos leitores e mais ligados a uma integração maior dos recursos. A quantidade de blogs vai crescer mais devagar, mas a qualidade tenderá a crescer.”
Marcos Lemos, www.ferramentasblog.com
Os blogs se transformaram, na verdade, em depositários do conteúdo (tão importante no meio digital), coisa que as redes sociais, pela sua própria natureza, têm dificuldade de prover.
“Se você está buscando uma conversa com conteúdo, você procura um blog. Ninguém achará o mesmo no Facebook ou nos 140 caracteres do Twitter.”
Elisa Camahort Page, fundadora do site BlogHer
As redes sociais se utilizam intensamente dos blogs, fazendo deles uma espécie de “prato principal” do qual funcionam frequentemente como “aperitivos” ou “sobremesas”.
“Uma boa metáfora afirma que blogs são o jantar, enquanto o Facebook e Twitter são a sobremesa. Todo mundo adora sobremesa, porque é doce e sexy.”
Cláudia Valls, analista de mídias sociais
Então, antes das redes sociais, ordem no que já há de digital. Pela importância do tema para a gestão contemporânea, o GH voltará ao assunto proximamente.