DA ESPERANÇA AO FUTURO DESEJADO

Na edição do mês anterior, foi abordada uma habilidade indelegável do gestor: ser capaz de mobilizar a esperança nas equipes para dar conta de demandas cada vez mais exigentes. Todavia, apenas mobilizar a esperança não é suficiente. Para conquistar o comprometimento da equipe é preciso, mais do que acenar com possibilidades, desenhar um projeto de futuro e mostrar, com clareza, o papel de cada profissional na construção desse futuro desejado.
Na prática, para o gestor, trata-se não apenas de conseguir mobilizar a esperança, mas de transformá-la em um projeto factível, que tenha visibilidade para a equipe, firmando os acordos e garantindo as condições necessárias para implementá-lo.
Nessa dinâmica, é preciso repensar práticas de gestão inadequadas. O modelo baseado no tradicional exercício do poder hierárquico, na disciplina e no controle, tem muito pouco efeito se o objetivo é despertar o envolvimento e o comprometimento da equipe. Ou seja, não dá conta do plus requerido.
Para firmar um pacto com a empresa e colaborar na construção de um futuro desafiante, as pessoas querem ser ouvidas, ter voz, participar e se sentir reconhecidas. Para isso, precisa sair de cena a velha fórmula do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, ainda muito presente nas organizações brasileiras, e entra em campo uma forma de liderança que consiga se traduzir em habilidade para mobilizar, envolver e comprometer as pessoas.
Eis, portanto, o grande desafio do gestor que precisa materializar a esperança: exercer a liderança com o objetivo de construir para a organização, de modo compartilhado com os pares e equipes, um futuro que interesse a todos e não apenas a uns poucos.
 
Papeis do líder na construção do futuro comum
1. Mobilização: o líder é, para o grupo, o catalisador da possibilidade de concretizar ideais, construir sonhos, realizar projetos.
2. Representação de mão dupla: o líder representa a instituição perante sua equipe e, ao mesmo tempo, os interesses, demandas e necessidades
da equipe frente à organização.
3. Articulação: o líder faz contatos em todos os níveis e sobre diversos assuntos, aproxima e promove a comunicação, favorecendo a prática de
do diálogo e do entendimento.
4. Mediação: o líder atua como facilitador do entendimento entre partes, seja como coordenador de acordos, seja como árbitro de impasses.
5. Negociação:o líder negocia em tempo integral com a equipe, com seus pares e com os outros gestores aos quais está subordinado.
6. Monitoramento: o líder está sempre perto da sua equipe, acompanhando, avaliando os resultados, ajustando ou corrigindo o rumo
das ações, quando necessário, com um olhar antecipatório.
O Gestão Mais é uma coluna da TGI na revista Algomais. Leia a publicação completa aqui: www.revistaalgomais.com.br.