Começando o governo, logo na primeira semana, o presidente da república deu um exemplo, simultâneo, do que pode e do que não deve ser, uma ação adequada no exercício da gestão: só depois que começaram a aparecer, publicamente, as desavenças e ciumeiras entre os ministros, é que ele reuniu todos e, conjuntamente, fez acordos mínimos para dar início à construção de uma ação coordenada.
Antes disso, FHC vinha conversando (gerenciando) com cada ministro separadamente e o resultado viu-se nos jornais: cada um “puxando a brasa para a sua sardinha.”
A gestão das empresas não é, no essencial, diferente da gestão política. Também nas empresas, a coordenação é vital para que os resultados sejam integrados e haja sintonia das ações. Coordenar é, justamente, conseguir unidade sem apagar as diferenças.
A harmonia não é padrão na vida dos grupos. Ao contrário, o que existe em todos é conflito de interesses, diferenças de posicionamentos, discordâncias e divergências.
A ação de coordenação, que compete a quem dirige (uma empresa ou um governo) requer criar um espaço onde seja possível confrontar (sem afrontar) essas diferenças, negociar interesses e fazer acordos que, embora considerando as necessidades e urgências de cada parte, privilegiem o todo e permitam a construção coletiva.
Processos chamados de “Gerência Colegiada” são uma tendência das gestões estratégicas e favorecem a consolidação de grupos mais competentes.
Nas gerências colegiadas, ao invés do gerenciamento “um-a-um” com o dirigente (empresário ou governante), criam-se mecanismos de articulação e ações integradas entre todos os gerentes, coordenados pelo dirigente.
O DESAFIO QUE PARECE CRUCIAL PARA O GOVERNO FEDERAL E PARA AS EMPRESAS É EXECUTAR UMA AÇÃO COORDENADA, OU SEJA, CONSEGUIR UNIDADE E INTEGRAÇÃO, DE AÇÕES E DE RESULTADOS, ENTRE TODOS AQUELES QUE SÃO RESPONSÁVEIS PELO GERENCIAMENTO.