Hoje em dia, diante das exigências colocadas para a gestão empresarial eficaz, o trabalho em equipe, no sentido de time que joga afinado, é um fator determinante do sucesso da empresa.
Tão importante quanto difícil, fazer com que as pessoas trabalhem bem e em equipe, é uma tarefa indelegável do gerente. Como um treinador de um time de futebol, ele é considerado o responsável principal pelos resultados (não é por acaso que, quando um time tem muitos resultados negativos seguidos, o técnico é o primeiro a ser substituído pela diretoria do clube). Só que ele não conseguirá resultados consistentes e duradouros se sua equipe não tiver entrosamento. Para conseguir entrosamento, o treinamento tem que ser constante (no mundo futebolístico, o técnico é chamado também de treinador). Portanto, resultados dependem de entrosamento que, por sua vez, depende de treinamento. Em se tratando de equipes de trabalho em organizações, o treinamento é chamado de desenvolvimento.
O desenvolvimento das equipes de trabalho é uma atividade permanente e, enquanto “treinador” do time, o gerente é um educador em tempo integral. O processo de desenvolvimento de equipes, portanto, é uma ação educativa continuada.
Já se definiu gerente como aquele que é responsável por fazer com que as pessoas, sob sua coordenação, façam o que precisa ser feito. Muitas vezes por não conseguir isto, o gerente faz ele mesmo, as coisas, não raro, sozinho. Guardadas as devidas proporções, é como se o técnico, desesperado, entrasse em campo para tentar fazer o gol que o time não fez.
Muitas coisas podem e devem ser feitas para desenvolver a equipe. A principal delas, no entanto, é a reunião sistemática de acompanhamento das atividades realizadas pela equipe. De preferência semanal, esta reunião não deve ter mais do que duas horas de duração. Deve ter pauta prévia, memória das decisões tomadas e, no máximo, 10 participantes.
Sobre esta base semanal, deve instalar-se um processo que pode ser comparado a um carrossel, daqueles de parque de diversão, cheio de cavalos que sobem e descem, à medida que começa a girar.
O gerente, como responsável pelo controle do movimento do carrossel, pede para que todos tomem os seus lugares (subam nos cavalos) que vai ser dada a partida. Uns sobem, outros fazem que não ouvem e ficam em pé, conversando. A partir de determinada velocidade, não dá mais para manter o equilíbrio e, em pouco tempo, quem não conseguir se aprumar, naturalmente sai fora do brinquedo. Do mesmo modo, quem estiver de fora e quiser instalar-se no carrossel em movimento precisa ser bom, senão nem entra.
Num processo de desenvolvimento de equipe de trabalho, cabe ao gerente fazer os avisos necessários, tomar todas as precauções exigidas, aumentar ou diminuir a velocidade e fazer a roda girar. A força centrífuga ajuda a fazer o resto.