Para realizar umbom trabalho em grupo

 
Com a chegada do final do ano e a perspectiva de início de um ano novo (no caso de 2001, agora sim!, também uma nova década, um novo século e um novo milênio), surge a necessidade de avaliação do passado e de planejamento do próximo período. São sempre atividades que envolvem trabalhos em grupo.
Embora pareça uma coisa óbvia e até fácil de realizar, o trabalho em grupo exige a observância de determinados cuidados sem os quais corre o risco da improdutividade e, até, da aversão dos participantes a esse tipo de atividade. É comum que as pessoas, escaldadas pela perda de tempo com reuniões dispersivas e chatas, culpem a atividade (trabalho em grupo) quando os responsáveis pela falta de produtividade foram a forma de condução ou o método.
O trabalho em grupo é uma das atividades organizacionais mais estimuladoras do surgimento de novas idéias, interação de percepções, convergência de entendimentos, produção de conteúdos, construção de acordos. É um procedimento indispensável para a coordenação de atividades e para o exercício do planejamento e do gerenciamento organizacional. Organizações que não têm a prática de trabalhos em grupo estão fadadas a perderem capacidade competitiva.
O Gestão Hoje já tratou recentemente do tema quando enfocou os requisitos necessários para a realização de uma boa reunião de trabalho (consultar número 294 no site www.gestaohoje.com.br). A reunião de trabalho é um tipo específico de trabalho de grupo. Ou seja, toda reunião de trabalho é um trabalho de grupo mas nem todo trabalho de grupo pode ser considerado, formalmente, uma reunião de trabalho.
Se estamos num workshop ou num seminário de planejamento estratégico, por exemplo, e dividimos o plenário em pequenos grupos para a realização de um trabalho que será apresentado, em seguida, para o plenário, temos um trabalho em grupo mas não podemos dizer que temos propriamente uma reunião de trabalho.
Em todos os casos de trabalho em grupo, pelo menos três regras são indispensáveis porque se uma delas não for observada é certo que o resultado será ruim. São elas:

1. Todos têm que falar.

Num trabalho em grupo ninguém pode ficar sem dizer nada. É fundamental que cada um exponha seu entendimento sobre o assunto que está sendo discutido. Afinal, o objetivo do trabalho em grupo é justamente este. Como alguns não falam espontaneamente, o coordenador deve estimular.

2. Só pode falar um de cada vez.

Todos têm que falar mas tem que ser um de cada vez, caso contrário é impossível realizar o trabalho. Se essa regra não for cumprida a balbúrdia se instala, o tempo termina e o trabalho não será concluído. Cabe ao coordenador regular a disciplina, sem ser chato ou rude mas com firmeza.

3. É proibido falar de lado.

Geralmente, quando a regra número dois é aplicada, surge a tendência da conversa paralela, do cochicho e, inevitavelmente, da dispersão do trabalho. Todos os pronunciamentos devem ser para o grupo. É responsabilidade do coordenador pedir que a conversa paralela seja explicitada para o grupo.
Qualquer grupo, mesmo adulto, tende a descumprir todas essas regras e fugir da disciplina. Cabe ao coordenador sustentar-se firme, com flexibilidade e participação mas sem perder a autoridade.

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