O que ainda terá que ser feito paraevitar que 2004 seja mais um ano perdido
Para diminuir a vulnerabilidade externa e evitar ficar refém da anunciada alta dos juros dos EUA, a economia brasileira precisa...
Para diminuir a vulnerabilidade externa e evitar ficar refém da anunciada alta dos juros dos EUA, a economia brasileira precisa...
Não, o pior não passou ainda. Apesar da grande melhora dos indicadores macroeconômicos brasileiros em 2003, a vulnerabilidade externa do país continua grande. Por si só, essa fragilidade torna temerária a crença de que o caminho do crescimento está todo livre em 2004.
Mesmo antes de assumir o governo, o staff do candidato eleito Lula sabia que a sobrevivência política do primeiro governo federal do PT estava intimamente relacionada à vitória sobre a inflação em 2003.
Faltando menos de um mês para completar o primeiro dos seus quatro tempos, pode-se dizer que, pelo menos do ponto de vista econômico, o governo Lula começa ganhando o jogo. Com um placar apertado, mas ganhando.
Bem ao contrário do que o senso comum acostumou-se a exaltar, não são as pessoas - "o ser humano" - que fazem acontecer as mudanças nas organizações. São os grupos, ou seja, as pessoas organizadas e trabalhando em equipes. Isoladas, elas pouco podem, por melhor, mais dotadas ou bem intencionadas que sejam.
Dizer "não" às solicitações descabidas que recebemos, como abordado no Gestão Hoje anterior (ver número 457), é uma das coisas, ao mesmo tempo, mais importantes, difíceis e exigentes com as quais nos deparamos para a administração cotidiana do nosso recurso mais precioso que é o tempo.
Assim como precisamos aprender a dizer "não", com veemência, àqueles que nos roubam a dignidade de cidadãos (ver número 456), precisamos, também, aprender, no exercício do nosso papel profissional, a dizer "não" àqueles que nos tomam, de forma descabida, o precioso tempo cotidiano.
Estava pautado para este número do Gestão Hoje a continuação do número anterior (ver 455): como dizer "não", sem "fechar portas". Todavia, a ocorrência de um fato novo, o desbaratamento de um esquema criminoso envolvendo um grupo de integrantes da Justiça e da Polícia Federal em São Paulo, impôs-se, provocando a mudança de pauta.
Nos últimos tempos têm aparecido na imprensa relatos de casos de atraso de autoridades do governo que têm gerado constrangimentos públicos.
Há, exatamente, um ano Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente do Brasil, depois de uma acirrada campanha na qual as condições da combalida economia do país se deterioraram bastante.