Não há gestão eficaz sem informação de boa qualidade. Por uma razão muito simples: tanto mais adequadas serão as decisões gerenciais quanto mais ancoradas em informações precisas elas estiverem.
A grosso modo, as informações relevantes para a boa decisão podem ser divididas em internas e externas à empresa. A qualidade das informações internas depende diretamente, cada vez mais, da adequação e do bom funcionamento dos sistemas informatizados, sobretudo os operacionais e os financeiros. No que diz respeito às informações externas, dada sobretudo a sua profusão cada dia maior, a qualidade está ligada diretamente à capacidade de tratamento sintetizado.
De fato, estudiosos do assunto falam que só em termos de informações de natureza publicitária (divulgadas em jornais, rádios, revistas, televisão, Internet, mídia exterior e exposições diversas de marcas), o habitante de um centro urbano médio está exposto diariamente a um total que varia de 2.000 a 3.000 mensagens.
Se isso acontece com mensagens de natureza publicitária, o que dizer da quantidade de informações gerais? A cada dia aumenta literalmente o número de fontes. Apenas um exemplo: os canais de televisão que não passavam de 5 em meados da década passada, hoje, com o advento da TV por assinatura, aproximam-se de 50. Sem falar da Internet, onde o número de “canais” aproxima-se do infinito.
Quando se associa ao aumento das fontes o aumento do espectro da informação, fenômeno decorrente da chamada globalização (o funcionamento da Bolsa de Hong Kong, por exemplo, passa a ser, em determinados momentos, tão importante quanto o da Bolsa de São Paulo), a problemática da atualização amplia-se muito.
Um simples exercício de medir o tempo gasto para informação diária dá uma dimensão aproximada da dificuldade. Quanto tempo seria necessário para: (1) ler dois jornais locais; (2) ler um jornal de circulação nacional; (3) ler uma revista semanal de circulação nacional; (4) assistir ao noticiário pelo menos uma vez por dia pela TV; (5) fazer uma navegação mínima pela Internet; (6) ler um mínimo de material técnico relacionado à atividade profissional? Para que isso fosse feito com tranqüilidade, não demandaria menos de 5 horas por dia. Um tempo livre de que raríssimas pessoas dispõem.
Daí, por certo, o sentimento de defasagem de informação que acomete aqueles que se preocupam em estar atualizados com o que vai pelo mundo e que tem reflexo direto ou indireto sobre os seus negócios.
Foi sempre pensando em oferecer uma alternativa viável para essa necessidade de atualização que o Gestão Hoje foi criado e desenvolveu-se até chegar, com o presente número, ao seu décimo ano de vida.
Foram mais de 450 edições (421 numeradas mais 32 da fase experimental) desde que o informativo veio à luz em março de 1994, todos elas dedicadas a fornecer ao leitor, numa página semanal apenas, informação sintetizada, atualizada e relevante sobre o que, externo à organização, afeta de alguma forma a sua gestão e pode ajudar a qualificar as decisões que precisam ser tomadas. Informação sistematizada para economia de tempo.
Trata-se, evidentemente, de um objetivo ambicioso que, ancorado na experiência cotidiana de consultoria empresarial da TGI Consultoria em Gestão, temos procurado atingir com dedicação e afinco. Os comentários e incentivos dos leitores nos têm animado a ir em frente e ajudado a acreditar que estamos trilhando o caminho certo.
Em comemoração ao ano 10, estamos programando algumas novidades para manter a sintonia com outra característica do informativo que é a atualização constante. Entre as mudanças previstas para 2003 estão: um novo layout para a versão fax, o aperfeiçoamento do site e a produção de uma coletânea com os melhores números do GH. Tudo com o intuito de continuar prestando o melhor serviço informativo ao leitor.