Enquanto a crise financeira vai deixando cada vez mais nítidos os estragos que fez na economia real, as atenções dos formadores de opinião se voltam para as ações do presidente norte-americano eleito Barack Obama, em especial no que diz respeito aos movimentos de formação da equipe de governo. Uma atividade que, diante da magnitude da crise e do poder do seu executor pode até parecer secundária, mas não é. Muito pelo contrário.
“O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, será em breve o líder do governo mais poderoso do mundo. Neste exato momento, porém, ele está diante do mesmo desafio de qualquer novo chefe de qualquer parte do universo. Seu maior trabalho — de implicações gigantescas — consiste em formar a equipe certa.”
Jack Welch, ex presidente da GE, Exame, 03.12.08
No exercício desta exigente e indispensável tarefa, o presidente eleito começa a exercitar a política administrativa real que terá que ser posta em prática para enfrentar a dura realidade da crise e seu explosivo potencial de impor sacrifícios a uma economia cronicamente dependente do consumo (70% da economia norte-americana depende do consumo da população). Neste movimento, Obama começa a relativizar o tema genérico da “mudança”, eixo da comunicação de sua campanha eleitoral.
“Obama deixou de lado a retórica mundancista da campanha e anunciou seu time econômico, todo ele formado por profissionais experientes e respeitados.”
André Petry, jornalista, Veja, 10.12.08
No movimento de composição da equipe, Obama tem dado sinais de que vai privilegiar a experiência e a diversidade na composição da sua equipe, a ponto, inclusive, de convidar a ex-adversária nas prévias de seu partido, Hilary Clinton, num gesto ousado e que faz lembrar uma frase atribuída a John Kennedy.
“Não trabalho com quem não seja mais qualificado do que eu.”
John F. Kennedy, 1916-1963, presidente dos EUA
Tecnicamente Obama está certo e a atitude de formar uma equipe de pessoas com densidade própria é um bom sinal de seu ânimo executivo. Uma equipe de medíocres é característica de administradores e de administrações medíocres. É bem mais exigente para sua autoridade e liderança mas é um bom começo.
“Acho que a força de uma equipe de administração é a diversidade, especialmente a de pensamento. Você precisa que as pessoas tenham históricos diferentes, pensem de maneira diversa e contem com experiências variadas, para que possam contribuir de um jeito que sempre acrescente algo.”
Eduardo Castro-Wright, presidente da Wal-Mart/EUA
Ele precisará, com certeza de bastante energia e segurança para liderar a equipe montada e impedir que as partes prevaleçam sobre o todo e haja choques de egos. Mas sem isso, com certeza, a hercúlea tarefa que terá de enfrentar já se mostraria, no início, acima de suas forças. Resta torcer pelo seu êxito como coordenador.
“Cada companhia bem-sucedida, cada equipe bem-sucedida e cada projeto bem-sucedido funcionam com apenas uma coisa: energia. A tarefa do líder é transformar-se na fonte de energia que impulsiona os outros.”
Tom Peters, consultor norte-americano
Excelente.
Para ser um excelente lider tem que esquecer as diversidades e pensar que agora está com uma nação nas mãos e procurar fazer com que a soma do todo seja realmente maior que soma das partes.
“Quem tem entusiamo pelo seu trabalho não precisa temer nada na vida” Arthur Miller(l915-2005)dramaturgo americano.
“Quantos homens houver, tantas opiniões haverá”.
Terêncio (195-159 a.c).
dramaturgo latino