AJUSTANDO A ROTA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Já é comum o entendimento entre os gestores de que o planejamento estratégico é uma ferramenta essencial para ajudar a organização a chegar ao futuro desejado. Porém, para garantir que ele tenha consistência, é fundamental que as orientações estratégicas definidas estejam dando conta do que foi identificado na avaliação estratégica.
A realização da avaliação estratégica, com a aplicação da matriz SWOT, em que se faz uma reflexão estruturada das oportunidades, ameaças, forças e fraquezas da organização, é essencial dentro do processo de elaboração do planejamento estratégico. É a partir dela que se consegue identificar com maior clareza quais os principais pontos que poderão ajudar a organização a avançar no desenvolvimento da sua estratégia e, com isso, se pode definir as orientações básicas mais apropriadas ao que de fato a organização deve focar no seu dia a dia.
No entanto, na prática, isso pode não acontecer necessariamente dessa forma. Muitas vezes é feita a avaliação estratégica, mas não se faz uma análise de consistência das orientações estratégicas definidas. Ou seja, o desafio, as prioridades e metas ficam com pouca aderência às perspectivas que o ambiente de negócios aponta para a organização.
Como todos nós sabemos da dinamicidade do ambiente de negócios e da velocidade com que as coisas acontecem e mudam, “esquecer” a avaliação estratégica durante o monitoramento da estratégia talvez seja um erro gerencial.
É comum que, ao longo do período, surjam novas oportunidades, assim como novas ameaças, inexistentes ou ainda não identificadas na fase do planejamento. Assim, é importante parar em alguns momentos para refletir se a avaliação estratégica feita ainda é válida ou se sofreu alguma alteração. Após isso, deve-se verificar se as orientações estratégicas formuladas (desafio, prioridades e metas) continuam com aderência à avaliação estratégica.
Se, nessa avaliação, a equipe chegar à conclusão de que são necessários ajustes, é imprescindível atualizar o planejamento, mesmo que não esteja no “momento” da sua atualização (no período de fechamento do ciclo de planejamento para avaliação e reprogramação para o ano seguinte). Deve-se fazer essa reflexão e análise de consistência pelo menos no semestre posterior à formulação do planejamento estratégico.
Esse é um cuidado necessário para assegurar que essa ferramenta tão útil para a gestão possa alcançar os resultados esperados, ajudando a empresa ou organização a vencer o exigente desafio de chegar ao futuro entre os primeiros.

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