“O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade“.
Winston Churchill
O otimismo generalizado e ufanista que costuma tomar conta do País nos anos de Copa do Mundo está longe de contagiar os empresários brasileiros. Embora alguns setores como turismo, hotelaria, transportes e alimentação estejam se preparando para faturar alto, muitos gestores estão vendo a realização da Copa no Brasil não como uma oportunidade, mas como motivo de preocupação pelos possíveis impactos negativos na produtividade e nos resultados. Assunto abordado na última edição da Gestão Mais, a Copa do Mundo irá provocar um acúmulo de feriados e pontos facultativos nos meses de junho e julho que, mesmo não valendo para o setor privado, deve impactar as empresas e afetar os negócios. Para evitar ou minimizar esse risco, é importante planejar a estratégia desde já.
Antes de tudo, vale uma reflexão. Encarar a Copa como uma ameaça ao negócio, já prevendo diminuição de vendas ou de faturamento, pode ser, por si só, uma atitude de risco. Quem adotar uma visão pessimista e tomar decisões gerenciais a partir desse cenário dificilmente vai obter bons resultados. Imagine uma empresa que, prevendo queda nas vendas, diminua a produção, não invista no estoque ou dê férias à equipe no período da Copa. Mesmo que haja procura por seu produto ou serviço, ela não estará preparada para atender essa demanda, pois não se planejou adequadamente.
Se, de fato, a Copa traz um potencial de ameaça, é importante perceber que esse risco é generalizado, pois não afeta apenas empresas ou segmentos específicos. Todos terão que lidar com jornadas reduzidas, feriados e eventuais flutuações no movimento do comércio. Quem planejar com antecedência, identificar as dificuldades e se preparar para enfrentá-las tem mais chances de minimizar possíveis impactos negativos ou até mesmo de se surpreender com os bons resultados. Em última instância, é a estratégia adotada por cada empresa que vai determinar se essa ameaça é real, ou se, ao contrário, pode se transformar em oportunidade para bons negócios.
Se a empresa tem como clientes outras empresas ou distribuidores, vale começar a negociar desde já questões como volume de produção, prazos e até mesmo a possibilidade de desenvolver promoções conjuntas. Como a “ameaça” é para todos, a possibilidade de fechar acordos com os clientes, dentro de uma perspectiva ganha x ganha, é muito maior. Quem atende o cliente final também deve se preparar, cuidado de aspectos básicos, como estoque e capacitação da equipe de atendimento. Para quem quer ganhar a Copa fora do campo, o jogo já começou.
O Gestão Mais é uma coluna da TGI na revista Algomais. Leia a publicação completa aqui: www.revistaalgomais.com.br.