A vitória do acaso


No que diz respeito à Algomais, foi um acaso e tanto que terminou se transformando num projeto de absoluto sucesso
Por formação, desde pelo menos o primeiro dia de faculdade, e também por dever de ofício da consultoria, tenho lidado a cada dia com planejamento há mais de 40 anos, seja de projetos, seja de clientes e parceiros, seja da TGI e, como não poderia deixar de ser, seja de minha própria trajetória pessoal e profissional.
Ao longo desse tempo, muitas coisas aconteceram como resultado do planejado, outras não aconteceram e algumas mais aconteceram mesmo sem terem sido planejadas. Dentre essas últimas, do ponto de vista pessoal, nunca me passou pela cabeça, como algo planejado com antecedência, nem fazer exposição nem publicar um livro de fotografias, bem como nunca me passou pela cabeça participar do projeto de uma revista, menos ainda de um projeto vitorioso que hoje completa 10 anos como o da Algomais.
Da emergência das coisas não planejadas mas bem sucedidas, tirei o ensinamento que passei a adotar no meu dia a dia de planejamento e pode ser enunciado do seguinte modo: “planeje o mais que puder, mas deixe sempre a porta aberta para o acaso”. Em não poucas situações ele se impõe de forma avassaladora.
No que diz respeito à Algomais, foi um acaso e tanto que terminou se transformando num projeto de absoluto sucesso. Uma revista que, desde o seu número zero, se pauta pela defesa do nosso Estado e que, de fato, pratica a missão que definiu para si: “Prover com pautas ousadas, inovadoras e imparciais, informações de qualidade para os leitores, sempre priorizando os interesses, fatos e personagens relevantes de Pernambuco, sem louvações descabidas nem afiliações de qualquer natureza, com garantia do contraditório, pontualidade de circulação e identificação inequívoca dos conteúdos editorial e comercial publicados.”
Além dessa fidelidade absoluta à missão, outro fator distingue a Algomais no meio jornalístico pernambucano: o funcionamento ininterrupto, desde o seu primeiro número em 2006, do Conselho Editorial que, de fato, pautou, avaliou e qualificou, com suas reuniões mensais, cada uma das 120 edições que hoje se completam.
Na condição de colunista mais antigo da revista (desde o número zero), nesta mesma Última Página, presidente licenciado do Conselho Editorial e sócio da SMF/TGI, editora da Algomais, só tenho que me congratular orgulhosamente com o acaso. Não fora ele, eu não estaria participando desta experiência fantástica.
*Artigo publicado na edição 119 da revista Algomais (www.revistaalgomais.com.br)

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  1. ANTONIO GOMES DE LIMA

    Prezado Francisco,
    muito interessante a observação sobre deixar a porta aberta para o acaso. O acaso não existe. É sempre importante deixar a porta aberta para as providências divinas, que em muitas situações na vida, se manifestam, se impôem de forma “avassaladora”, contribuindo com aqueles que fazem a sua parte.
    Um abraço
    Antonio Gomes (ex-aluno TGI)

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