“Mais do que nunca, neste momento de saída da crise, tempo é dinheiro.”
Tudo leva a crer que estamos começando a sair da pior crise brasileira da história documentada. A inflação beira o piso da meta, a taxa de juros é a mais baixa desde a criação da Selic e a expectativa de crescimento do PIB 2017/2018 é positiva. E apesar do ritmo da retomada não ser vigoroso (nem todos os setores percebem uma recuperação impactante e o desemprego ainda está muito elevado), é clara a melhora no aspecto geral da economia.
Neste cenário, especialmente por conta dos ajustes realizados nos últimos anos para sobreviver à recessão, é essencial voltar a investir no planejamento estratégico empresarial. É natural e compreensível que as dificuldades da conjuntura reforcem a atenção nos problemas operacionais de curto prazo, mas os empresários e gestores não podem deixar de fazer o esforço de voltar a analisar o negócio em perspectiva e estabelecer prioridades não só para o curto prazo mas, também, definir ações estratégicas que possam reforçar a competitividade do negócio no futuro (daquilo que Peter Drucker chamou de “ganha-pão de amanhã”).
Uma recomendação de partida é adotar um processo de planejamento simples, objetivo, participativo e consistente. De pouco adianta, no momento atual, lançar mão de metodologias muito sofisticadas que exijam um esforço muito grande de produção, principalmente quando não é adaptada à realidade de cada empresa como é muito frequente acontecer. Mais do que nunca, neste momento de saída da crise, tempo é dinheiro.
Durante o processo deste planejamento estratégico simplificado, vale atentar para as mudanças ocorridas no mercado. A crise impôs muitos ajustes no comportamento dos clientes que foram obrigados a mudar hábitos arraigados de consumo. É importante focar em oferecer produtos e serviços os mais adequados possíveis a essa nova realidade, inclusive já fortemente impactada pela digitalização do varejo.
No que diz respeito às equipes, assim como nos momentos mais críticos dos últimos anos em que os gestores precisaram ser transparentes na comunicação dos impactos da crise, agora é importante envolver os colaboradores o mais possível nas discussões e providências para aproveitar o reaquecimento do mercado. Quanto mais alinhada a equipe estiver com relação à estratégia da empresa, maiores serão as chances de atingimento dos objetivos definidos.
Por fim, a experiência mostra que reunir o grupo de gestores em torno das questões relevantes para o presente e para o futuro do negócio, com uma metodologia adequada e sem muita sofisticação desnecessária, não apenas qualifica o planejamento e a gestão mas, também, amplia as possibilidades de execução do que for bem planejado.
Gestão Mais é uma coluna da TGI na revista Algomais. Leia a publicação completa aqui: www.algomais.com