Francisco Cunha participa de lançamento do Plano Recife 500 anos

O consultor e sócio da TGI Francisco Cunha, participou, no dia 12 de março, falando na abertura do evento de lançamento da primeira versão da estratégia do Plano Recife 500 Anos, que pretende orientar um projeto de futuro com base nos interesses comuns da população recifense. Francisco é um dos membros do Conselho Consultivo, composto por 60 representantes da sociedade e que tem a missão de acompanhar, fiscalizar e propor melhorias nos produtos gerados pela equipe técnica da Agência Recife para Inovação e Estratégia (Aries), à frente da elaboração do plano de futuro.

No encontro, realizado no Porto Digital, foi apresentado o Caderno de Construção Coletiva da Estratégia de Futuro da Cidade, construído com base em estudos técnicos e escuta de 3,5 mil cidadãos. O material propõe seis grandes transformações sintetizadas em três linhas de ação: reunir, reviver e reinventar. Os marcos e metas sinalizados no caderno, a serem vencidos a curto, médio e longo prazo, serão catalogados anualmente até 2037, quando Recife se tornará a primeira cidade do Brasil a completar 500 anos.

“O maior mérito desse trabalho tem sido o de trabalhar o planejamento do Recife a longo prazo. Por exemplo, se a cidade tivesse sido planejada há 30 anos, muitos dos problemas que vivemos hoje, como o próprio esvaziamento do centro da cidade, poderiam ter sido previstos e conduzidos de forma programada”, afirma Francisco. Entre as metas propostas no caderno está elevar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), colocar internet em 100% das escolas, implantar 300 km de rotas cicláveis, implantar corredores exclusivos para o transporte público em 80% das vias principais e reduzir o índice de homicídios de 52 para 27 por mil habitantes.

A partir da data do lançamento da primeira versão do plano, a população terá até 120 dias para avaliar, criticar e validar a estratégia. Todos os documentos e o caderno estão disponíveis no site www.recife500anos.com.br.

Aniversário – Na mesma data, Francisco Cunha participou também, como palestrante, da comemoração do aniversário da cidade do Recife, promovida pela Academia Pernambucana de Letras. Na ocasião, o consultor falou sobre o tema “O Recife aos 481 anos – uma cidade que precisa reaprender a ser mítica”. Na apresentação, Francisco falou sobre como o Recife, há algumas décadas, estava no imaginário dos próprios habitantes como uma cidade de referência e era reconhecida como uma espécie de capital nordestina da cultura.

“Tudo acontecia no Centro da Cidade. Tinha comércio, jornais, bancos, faculdades, setor público e colégios. Até os anos 1970, quando começou a se esvaziar e o Centro foi perdendo suas características, a cidade cumpria o papel de centro de referência para ‘fora’ e para ‘dentro’. A partir daí, foi deixando de ser uma cidade mítica. O Recife se tornou um lugar de onde as pessoas só costumam fazer queixas. Houve uma queda de prestígio da cidade entre seus próprios moradores”, destacou. Segundo o consultor, o Recife se fragmentou, virou uma espécie de quebra-cabeça desmontado. “A cidade pode, sim, retomar essa sua trajetória mítica, mas precisa do engajamento e do esforço da sociedade e do poder público em conjunto”, finalizou.

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